Nesta semana apresentamos o livro ”Perguntas Intrigantes, Respostas Instigantes”, de Ronaldo José de Souza. Quem não se questionou ou foi questionado pelas perguntas intrigantes? O autor, consciente de que as respostas às perguntas por ele narrado, não esgotam o “ministério” de Deus que em si elas contêm; mostra e instiga o leitor que pode encontrar uma resposta satisfatória e consistente, sem que para isso esgote e satisfaça totalmente a mente humana diante da insondável grandeza de Deus.
O leitor verá que as respostas serão trabalhadas de formas simples, direta e objetiva numa tonalidade cômica, marca característica do autor, não de forma pejorativa, mas para dar leveza a temas muitas vezes densos e de difícil compreensão por parte de leigos nos assuntos tratados.
Ronaldo José de Sousa é consagrado na Comunidade Remidos no Senhor. Doutorado em Sociologia pela Universidade Federal de Campina Grande e professor da FACCG. Exerce o ministério da Pregação e do ensino deste 1989.
Confira a introdução do livro:
Quando anunciei – durante uma palestra – que o título do meu próximo livro seria “Perguntas intrigantes, respostas instigantes”, alguém completou sabiamente: “De um escritor ignorante”. Por causa disso, fiquei realmente inclinado a ampliar o título deste livro. Só não o fiz, para não enfadar já de princípio. Não quero que os textos aqui apresentados exijam demais da mente dos leitores, nem que os temas sejam tratados de forma ‘pesada’.
Isso não quer dizer que o conteúdo do que escrevi não seja sério. Na verdade, são coisas muito sérias, tratadas de maneira humorada. Mas a colocação do meu interlocutor faz um sentido enorme. Sinto-me assim – ignorante – quando lido com questões controversas. Não porque tenho dificuldades de organizar conceitos, mas porque reconheço que homem algum pode compreender plenamente tudo o que está em seu redor: “Pelo contrário, é sinal infalível de inteligência aceitar o papel do mistério, aceitar que há algo que não somos capazes de decifrar; algo que talvez sejamos capazes de intuir, por causa da sua grandeza, mas que pertence a outra medida, a outra realidade que, entretanto, são a verdadeira medida e a verdadeira realidade”¹.
Propus-me responder perguntas intrigantes nesse espírito. Gostaria que quem lesse esses fleches também o fizesse assim: consciente de que não pode entender tudo e que a mente humana, mesmo a mais capciosa, costuma esbarrar num mistério incognoscível. Quando isso acontece, a pessoa deve sentir-se em diálogo com Deus, como aqueles muitos personagens que se encontraram com o Radicalmente Desconhecido.
Foi por isso também que procurei dar uma tonalidade cômica às respostas. Gosto de rir da minha ignorância e, às vezes, da dos outros. Não por sarcasmo, mas para exercitar-me na humildade e admitir a contingência da raça humana.
Por outro lado, minha intenção é instigar, ou seja, procurar mostrar que, às vezes, as pessoas deixam de agir positivamente em direção a algo que compreendem para, em troca, ficar preso à especulação daquilo que poderão não entender jamais. Alguns não percebem que as respostas estão bem à sua frente, logo adiante, restando apenas dar alguns passos em sua direção. Talvez estejam aqui mesmo, nessas páginas, onde perguntas intrigantes são respondidas de forma instigante por um escritor ignorante.
¹ Amedo CENCINI. Redescobrindo o mistério. São Paulo: Paulinas, 1999, p.
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