“O que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles.”  Lc 6, 31

Caridade Fraterna

Em continuação às moções proféticas para estes tempos de construção e reconstrução, temos um terceiro ponto a observar, um ponto muito importante, pois ele nos alerta para o perigo de ver a nossa casa ruir.

No final do ano de 2009, estava reunida uma equipe em Pelotas, sede do Escritório Nacional, a fim de trabalhar no Planejamento Estratégico. Durante um momento de oração, o Senhor deu a visualização de uma estrutura trincada, rachada e outra bem sólida, sem rachaduras, sem perigo de ruir. Junto com a visualização, veio a moção: a estrutura sólida tem como base, como fundamento o amor fraterno, a comunhão, a verdade, enquanto a outra estrutura está trincada porque não está construída sobre o amor. “Todo aquele que vem a mim ouve as minhas palavras e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante. É semelhante ao homem que, edificando uma casa, cavou bem fundo e pôs os alicerces sobre a rocha. Mas aquele que as ouve e não observa é semelhante ao homem que construiu a sua casa sobre a terra movediça, sem alicerces.” Lc 6, 47-48a.49a
Em janeiro deste ano, na reunião do Conselho Nacional, também num momento de oração, nos foi mostrado que se não renunciarmos a tudo o que pode nos desunir, o pecado nos dominará com todas as suas conseqüências de destruição. Confirmação: Lc 11, 17: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído e seus edifícios cairão uns sobre os outros.”

Já foi falado muitas vezes que a construção de nossa Sede Nacional é o pretexto do qual o Senhor tem se servido para reconstruir nossas vidas e também os pilares espirituais que constituem a nossa identidade. O sinal para Deus abrir as portas para nós e revogar as sentenças que pesam sobre nós é a nossa conversão e a volta às práticas espirituais, porém, a garantia de que o mal não prevalecerá sobre nós é o amor fraterno, a comunhão e a verdade. Essa é a segurança da estrutura.

A Palavra de Deus é que nos orienta neste caminho: Lc 6, 27-28.31.37-38

Também num momento de oração, na reunião do Conselho Nacional, o Senhor nos pedia a vivência do amor fraterno e Ele dava a visualização de uma bandeira tremulando, com o lema daquele povo gravado na bandeira: “Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles.”

Como é simples! Gostaria que os outros falassem de mim pelas costas, me criticando, julgando?  Então não farei isso a eles. (I Pe 2, 1: “Deponde, pois, toda malícia, toda astúcia, fingimentos, invejas e toda espécie de maledicência”).  Gostaria que os outros mentissem para mim? Então não vou mentir para eles. (Ef 4, 25: “Por isso, renunciai à mentira. Fale cada um a seu próximo a verdade, pois somos membros uns dos outros”). Se eu estivesse vivendo no erro, gostaria que os outros apontassem o dedo para mim ou gostaria que eles intercedessem por mim? (I Jo 5, 16: “Se alguém vê seu irmão cometer um pecado que não o conduza à morte, reze, e Deus lhe dará a vida”). Se eu tivesse alguma necessidade concreta, gostaria que os outros ignorassem ou que estendessem sua mão para me ajudar? (I Jo 3, 17: “Quem possuir bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu coração, como pode estar nele o amor de Deus?”).

A promessa de Deus na Palavra é clara: receberemos a recompensa em grau muito maior do que dermos, seremos perdoados, receberemos misericórdia, teremos abundância e provisão, a medida cheia, transbordante (cf Lc 6, 36-38) e a nossa casa, a nossa vida nunca ruirá, pois a base sólida, a estrutura firmemente fincada na rocha terá sido construída.

Toda construção começa pelo fundamento, pela base. Mãos à obra construtores, construamos nossa casa com os alicerces firmes, fundamentados no amor e no cumprimento da Palavra de Deus!