“Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2,4)

 

 O Ministério de Intercessão está trabalhando a importância do uso dos carismas na intercessão do Grupo de Oração, a fim de potencializar a nossa oração intercessora, se utilizando de todas as armas que nos estão disponíveis para a conquista do reino de Deus. Para isso, estamos relembrando os dons do Espírito Santo e trabalhando as Oficinas de Carismas, como parte integrante dos direcionamentos ministeriais para este tempo.

O Espírito Santo nos equipa com seus carismas, para que possamos ser instrumentos de edificação na Igreja. Nos tornamos verdadeiros instrumentos de edificação, quando vivenciamos, testemunhamos e propagamos a cultura de pentecostes na intercessão, no grupo de oração, em nossos lares, em nossa comunidade, em nosso trabalho e em todo o mundo.

Os carismas podem ser agrupados para fins didáticos, em três grupos: Dons de Inspiração, Dons de Poder e Dons de Revelação. Os dons de poder são: Fé, Cura e Milagres. Os dons de revelação são: Discernimento dos Espíritos, Palavra de Ciência e Palavra de Sabedoria. Os dons de inspiração são: Dom de Línguas, Profecia e Dom de Interpretação das Línguas. Neste mês iremos trabalhar os dons de inspiração.

 

O Dom de Línguas

“Aquele que fala em línguas não fala aos homens, senão a Deus: ninguém o entende, pois fala coisas misteriosas, sob a ação do Espírito.” I Cor 14,2.

Através do dom de línguas, o próprio Deus ora em nós e por nós. Esse dom edifica não apenas a comunidade, mas também aquele que ora. O dom de línguas é vivido e experimentado por aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito. Pronunciamos palavras incompreensíveis, que são palavras inspiradas pelo Espírito Santo. Para exercermos esse dom, é necessário deixar de lado, nossa autossuficiência, e nos submeter a ação do Espírito Santo. Nós não ficamos inconscientes, somos inteiramente livres para começar e terminar quando quisermos, oramos da mesma forma que fazemos nossas orações vocais, mas a grande diferença é que o Espírito que conduz a nossa oração, e ele sabe o que devemos pedir e como devemos pedir de forma sensível e agradável a Deus. Romanos 8, 26-27: “Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus.”

O dom de línguas é importante para nós intercessores, pois aprofunda a nossa intimidade, união e dependência do Espírito Santo. É também um carisma de oração e louvor, que nos leva a glorificar a Deus. Durante a intercessão precisamos nos esvaziar dos nossos planos e nos colocar à disposição de Deus. Os nossos pensamentos, ansiedades, obstruem a nossa compreensão da vontade de Deus, daquilo que Ele quer revelar que precisa ser orado. Quando oramos em línguas, nos tornamos argilas nas mãos do oleiro, e o próprio Espírito vai moldando, conduzindo nossa oração conforme a sua vontade. Nos tornamos assim, mais dóceis para escutar a Deus.

 

O Dom de profecia

A profecia é um carisma, em virtude do qual a pessoa inspirada, em nome de Deus, é movida pelo Espírito Santo, e proclama de forma clara e direta, a mensagem de Deus para exortar, animar, encorajar e consolar o seu povo. A profecia acontece, geralmente, depois de um momento de louvor a Deus ou de oração profunda. Nos silenciamos, e abrimos nossa escuta a Deus. O Senhor derrama a sua unção, sentimos a presença de Deus, e proclamamos a sua mensagem tornando- se um porta voz de Deus.

As profecias são ditas na primeira ou segunda pessoa, pois o nosso Deus, é um Deus pessoal, e nos falará diretamente: “Não temas”, “Eu sou o Senhor”…, “Meus filhos amados…”

A profecia nunca é para causar medo, assustar, e nem mesmo algum tipo de adivinhação. Ela também jamais contradiz a palavra de Deus ou o magistério da Igreja. Quando ela é proclamada, é importante que todos fiquem atentos e dóceis, para que venha a confirmação da mesma. Ela geralmente é confirmada através de palavras ou moções dadas as outras pessoas, que estão ali participando naquele momento onde ela foi proferida.

A profecia pode ser dada em vernáculo (língua falada naquele local), ou em línguas estranhas (falar em línguas). Uma profecia em línguas, é uma mensagem de Deus, proclamada por uma pessoa que está orando, e desconhece completamente a língua que está falando. É uma fala em voz alta, isoladamente, e sob a unção do Espírito Santo. Quando se “fala em línguas”, um membro do grupo recebe o dom de interpretação das línguas, e comunica a mensagem aos demais que estão ali. “Falar em línguas” é um dom transitório, não permanente.

É necessário discernimento em relação as profecias, para sabermos se de fato é uma mensagem de Deus. Pois existem a não profecia: que é quando a pessoa movida pelo seu próprio anseio, questões emocionais, ou sentimentos humanos, comunica sua própria vontade como se fosse uma mensagem do Espírito Santo. Falam coisas repetitivas, passagens soltas, e não uma mensagem autêntica do Senhor. Ou ainda a falsa profecia: que é uma mensagem influenciada pelo demônio. Normalmente, contradiz as Sagradas Escrituras, a tradição ou o magistério da Igreja. A falsa profecia é perceptível pelos seus frutos, pois ela causa mal-estar, medo, peso ou tem tom de adivinhação e não é edificante.

Quando o carisma de profecia é manifestado, é porque Deus está exortando, animando, encorajando, consolando as pessoas as quais aquela profecia se destina.

 

O Dom da Interpretação das Línguas

É importante entendermos que não é uma tradução, mas a interpretação movida pelo Espírito Santo, da mensagem que o Senhor está dando em profecia. Quando a profecia é proclamada em línguas, ou seja, de forma não vernacular, é importante a manifestação do dom da Interpretação das línguas. Um ou mais pessoas de modo ordenado e inspirado pelo Espírito Santo, irá proclamar aquela mesma profecia em vernáculo, ou seja, em uma linguagem inteligível no idioma das pessoas que estão ali.

É fundamental que haja quem interprete uma profecia proclamada em línguas, para que a mensagem que o Senhor está dando seja compreendida.

Como intercessores, precisamos vivenciar a cada dia mais uma vida no Espírito. Deixando que Ele venha nos lapidar, e nos conduzir, a exercitar os carismas de inspiração, para que edifiquemos o povo de Deus e sejamos nós também a cada dia edificados pelo Espírito Santo.

 

Lívia Barboza Felipe

Grupo de Oração Jesus Luz do Mundo

Coordenadora Estadual do Ministério de Intercessão do Rio de Janeiro

 

INTENÇÕES PERMANENTES

1. Pela Santa Igreja, pelo Santo Padre, o Papa Francisco, pelos Bispos, pelos Sacerdotes, Diáconos, Religiosos (as) e pelos Seminaristas;

2. Por todas as vocações, para que o chamado de Deus seja assumido com amor e

fidelidade;

3. Pelos membros do Serviço Internacional para a Renovação Carismática Católica –

CHARIS;

4. Pelos membros do Serviço Nacional de Comunhão do CHARIS;

5. Pelo Presidente do Conselho Nacional, Vinícius Simões e sua família, e todos os

membros do Conselho Nacional;

6. Pelas reuniões dos Conselhos Estaduais e Diocesanos;

7. Por todos os Grupos de Oração do Brasil;

8. Por todos os Ministérios da RCC em nível nacional, estadual, diocesano e de Grupo de Oração;

9. Pelas necessidades espirituais e financeiras dos escritórios diocesanos, estaduais e

nacional da RCC;

10. Pela construção da Sede Nacional da RCC do Brasil e pelos seus colaboradores;

11. Pelos eventos de evangelização da RCC no Brasil;

12. Pela situação política, econômica e moral em nosso País;

13. Para que cesse a violência no Brasil e no mundo;

14. Pela libertação e paz do povo Venezuelano;

15. Pela erradicação dos vírus causadores da Covid, Febre Amarela, Dengue, Zika e

Chikungunya.

INTENÇÕES DO MÊS

▪ Oremos para que cesse a guerra entre a Rússia e a Ucrânia;

▪ Pelos Encontros Estaduais para coordenadores de Grupos de Oração e membros de núcleos de serviço – 14 a 16 de abril Goiás / 15 e 16 Piauí e Paraíba / 21 a 23 Pará e Rio de Janeiro, 22 e 23 Rio Grande do Sul, Maranhão, Alagoas e Brasília;

▪ Pelo Encontro Nacional para Coordenadores Diocesanos Aparecida (SP), que acontecerá nos dias 29/04 a 01/05;

▪ Pelo Projeto 1º de Maio (GPR´s).