Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade!

Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade!

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O que você vai fazer neste carnaval? Somos chamados a viver como filhos de Deus e a não dar “Ibope” para tudo que é indigno desta condição. Você é convidado a ler com muita atenção o texto abaixo, que traz uma reflexão séria e necessária sobre estes tempos que vivemos.  Leia e partilhe!

“Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade. E já que participas da natureza divina, não voltes aos erros de antes por um comportamento indigno de tua condição. Lembra-te de que Cabeça e de que corpo és membro. Recorda-te que foste arrancado do poder das trevas e levado para o Reino de Deus. Pelo sacramento do batismo, te tornaste templo do Espírito Santo. Não expulses com más ações tão grande hóspede, não recaias sob o jugo do demônio, porque o preço da tua salvação é o sangue de Cristo” (São Leão Magno).

Esta exortação foi feita por São Leão Magno, papa e doutor da Igreja, que viveu no século V. Um texto bastante oportuno para refletirmos sobre uma série de situações em nosso mundo atual, mas que neste momento será utilizado para avaliarmos o que vivemos nesta época do ano em que tudo gira em torno do carnaval.    

Estamos naquele período em que palavras como folia, diversão, alegria, beleza, animação, sensualidade ficam exaustivamente comuns nos noticiários (é sempre assim!).

E o carnaval passa então a ser associado somente a coisas prazerosas. Exaltação ao corpo, à beleza feminina. Tudo é noticiado como se fosse bom, muito bom, pela mídia em geral. Como se existisse uma única interpretação dos fatos. Carnaval é alegria, festa popular, momento de extrapolar, e pronto! Assim está definido e não se questiona nada disso.

Infelizmente o que ninguém mostra ou destaca de forma enfática e que leve a uma reflexão séria são os bastidores e o pós-folia.

A cobertura jornalística não mostra de forma imparcial e crítica o lado degradante desta festa. Carnaval não é só alegria, não!  Acontece muita coisa ruim nestes dias de folia.

Vejamos um fim de festa: quantas pessoas caídas nas ruas, embriagadas. Muitas delas menores de idade, que nem poderiam ter bebido. Filhos e filhas amados por Deus, jogados como lixo no chão?

Quantas doenças se espalham, principalmente sexuais, devido ao incentivo a um comportamento irresponsável?

Quantas separações de casais, frutos de atitudes inconseqüentes?

Quanta promiscuidade (institucionalmente incentivada, basta pensarmos nas campanhas para o uso de preservativos que tratam da sexualidade humana de forma deturpada. A regra é liberar desde que “protegido”, protegido do quê?).

Quantas mulheres – muitas meninas ainda – engravidam e depois recorrem ao crime do aborto?

E as mortes? Violência, acidentes (até podemos ter notícias a respeito de alguns desses fatos, mas o que não há é a avaliação crítica, imparcial, reafirmo).

E, lamentavelmente, é preciso dizer: quantos batizados vivendo isso? Quantos templos do Espírito Santo profanados simultaneamente em todo o nosso país? Isso é doloroso!  Sim, porque é preciso reconhecer que muitos receberam o sacramento do batismo, mas não sabem sobre a própria condição e já expulsaram de suas vidas tão Doce Hóspede.

Claro, as vozes que se levantam contra são consideradas ultrapassadas, mas não podemos nos intimidar com isso. Precisamos levar as pessoas a recordarem por qual preço elas foram compradas. Precisamos contar a elas sobre a dignidade que têm, pelos méritos do Cordeiro de Deus que deu Sua vida para nos salvar.

Isso deve nos inquietar. Não podemos calar. Precisamos denunciar. E mais, pela nossa dignidade de cristão não podemos dar ibope para o mal. Nem como telespectador. Não pactuar com isso. Com nada disso!

Nós somos estimulados a não nos conformarmos com tudo o que vemos, como nos lembra São Paulo em sua carta aos Romanos:  “Eu vos exorto, pois irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual.  Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito” (Rm 12,1).

Não podemos impedir ninguém de fazer o que quer que seja. Contudo, há algo que podemos fazer: oferecer uma proposta de alegria verdadeira, a quem busca a felicidade de forma legítima. Sim porque a busca é legítima, infelizmente os meios e lugares é que estão errados.

Nós somos convidados a viver o carnaval de forma santa, a participar de um dos eventos carismáticos que estão sendo realizados e a levar outras pessoas conosco. Vamos chamar nossos amigos, parentes, vizinhos. Façamos a nossa parte!

Assim, os dias, que são conhecidos por serem dias de folia, se transformarão em dias de louvores a Deus. 

Mobilizemo-nos no Brasil inteiro para viver a fé que nos une, mostrando ao mundo que o carnaval pode ser um período de uma grande exaltação ao nosso Deus. Pode ser vivido em total santidade.

Lúcia Volcan Zolin
Coordenadora do Ministério e da Comissão de Comunicação
 

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