O cardeal Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, alentou os católicos a lutar contra “a cultura da morte”, ao celebrar nesta segunda-feira a missa no Santuário de São Ramon Nonato, no bairro de Villa Luro, templo que festeja 70 anos.
Na homilia, ao dirigir-se aos mensageiros da vida, o cardeal Bergoglio motivou a “mostrar a cara” na defesa da vida desde a concepção até a morte natural.
O primaz argentino assegurou que “cultura da vida” é, ao contrário, dizer que “a vida vale a pena desde o momento da concepção”, mas também acompanhar o crescimento dessa criança para que “cresça saudável, para que tenha boa educação e não lhe falte comida, que tenha princípios e valores morais”.
“Há que se mostrar e dizer: isto é cultura da vida, isto é vida, o contrário da cultura da morte; se alguém vê que alguma destas coisas falta, diga que não, que por esse caminho não se vai a lugar nenhum, que por esse caminho se fracassa sempre”, assegurou.
O primaz argentino insistiu em que a criança deve ser “acompanhada durante toda sua existência”, também “em sua dor, em sua enfermidade, com hospitais limpos onde não falta nada, onde os enfermos são bem atendidos; isso é vida, isso é mensagem de vida”. Também há que fazê-lo “quando estão velhos”, porque os avós são “a sabedoria da vida”. Lamentou que às vezes “são deixados de lado” por exigência de trabalho ou porque vivem longe e não recebem visitas contínuas.
O purpurado abençoou aqueles que levam imagens de São Ramon Nonato de casa em casa. Alguns se comprometeram a ser “mensageiros da vida”, e outros renovaram seu compromisso.
Também se escutou um comovente testemunho de uma mulher que, graças à oração e o acompanhamento de seus familiares, prosseguiu com sua gravidez, apesar de ter enfrentado complicações e ter ficado de repouso durante os 9 meses de gestação.
O templo recebeu durante todo o dia a multidão de fiéis, em especial grávidas ou casais com intenções de ter um filho, que foram abençoados.
Por sua parte, o presbítero Alvaro Izurieta y Sea, capelão do Hospital Enrique Tornú, presidiu uma missa na qual se abençoaram as mãos de parteiras e obstetras.
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