No Encontro Nacional de Formação 2013, o Ministério de Música e Artes do Brasil foi conduzido a meditar profundamente sobre Maria.
“Irmãos estou mais que convencido que vamos olhar muito para Nossa Senhora, vamos mergulhar com mais vontade e docilidade em sua vida e suas virtudes.
Partimos primeiro da história da igreja e de seus santos, que sempre tiveram uma grande devoção a Nossa Senhora, e assim foram conduzidos à santidade. Mas, antes disso o maior exemplo que temos é do próprio Senhor Jesus”, afirmou o coordenador nacional do Ministério, Juninho Cassimiro.
Juninho direcionou algumas cartas de formação sobre Maria, ao Ministério e aos artistas carismáticos. O Portal RCCBASIL disponibiliza as cartas “Aos moldes de Maria”.
A paz de Jesus meus irmãos! Peço a Deus que vos transbordem de alegria que é Fruto do Espírito.
Sabemos que, neste ano, o direcionamento a ser seguido pelo Ministério de Música e Artes do Brasil é o ter Maria como modelo. Vamos partilhar um pouco sobre a Humildade de Maria, rezar com ela para sermos reeducados e juntos abrirmosmão de todo tipo de orgulho e vaidade.
Uso como base o livro Santo Afonso de Ligório – GLÓRIAS DE MARIA, que tem sido um dos meus livros de cabeceira. Vamos caminhar…
“De todas as virtudes é a humildade o fundamento e a guarda. Sem a humildade não há virtude que possa existir numa alma. Possua embora todas as virtudes, fugiriam ao lhe fugir a humildade” (Sto Afonso de Ligório).
Maria tinha tudo para se gloriar, pois depois de Jesus não existiu ninguém nessa terra que fosse tão cheia de graça quanto ela. Se pararmos um pouco pra imaginar a que é Maria chamada eescolhida, certamente nossa razão entraria em conflito. Deus escolheu Maria para ser MÃE DE SEU FILHO. Repito: Deus escolheu! Não foi um homem, não foi por votação, não foi por sorteio ou sorte. Deus escolheu Maria.
Deus determinou sua Imaculada Conceição, quer dizer, nasceu sem a mancha do pecado, sem a culpa original, concebida sem pecado. Cresceu em toda sua infância e adolescência sem ofender a Deus. Era A ESCOLHIDA.
Mesmo com tudo isso, ela não se gloria, sabe que Deus a escolheu, sabe que Deus a olhou, sabia de sua pequenez, mesmo sendo a escolhida, a cheia de graça. “Porque olhou para sua pobre serva” (Lc 1, 48).
O fato de ser escolhida, não se sente maior que os outros, porque sabe que foi uma escolha, Deus a fez assim, Deus a preparou assim. Portanto, é a Deus que ela voltou o seu olhar e seu louvor, a glória é de Deus, pelo simples fato de ter sido uma escolha Divina.
“E Maria disse: ‘Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador’” (Lc 1, 46-47). “Porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo” (Lc 1, 49).
Toda a glória ela dá a Deus, só a Deus. Sabe que foi Deus quem realizou, sabe a quem direcionar as honras pelo dom que recebeu.
Vamos olhar pra nós agora.
Nascemos com a mancha do pecado, com a culpa original, somos pecadores e ofendemos a Deus desde que tomamos consciência das coisas. Mergulhados no pecado, Deus, o mesmo Deus que chamou Maria, também nos chamou, nos fez amados e escolhidos, nos cumula de seus dons, e nos mergulha em sua misericórdia.
Quando enxergamos essa nossa realidade e olhamos para Maria, logo, vemos Maria nos educando a respeito de nosso chamado. Ela tinha todos os motivos para se gloriar, porque ninguém nesse mundo foi tão cumulado de graça quanto ela. E nós, por tão pouco, nos envaidecemos com o pouco que temos e o pouco que fazemos.
Reconhecermos que temos os dons, não é falta de humildade, diz Santa Teresa, que “A humildade é a verdade”. Portanto, reconhecer o Dom que tem, é a verdade, não tenhamos falsa humidade, quando nos perguntam, por exemplo:
– Você sabe tocar?
– Não, eu só arranho ou sei mais ou menos…
Aí, quando pega o instrumento, mostra toda a sua habilidade, como se a resposta: “não só arranho, sei mais ou menos” fosse um ato de humildade. Pelo contrário, é uma falsa humildade, é uma mentira. Logo, se a humildade é a verdade e a verdade vem de Deus, a verdade é Jesus, a falsa humildade é uma mentira e vem do próprio demônio.
A diferença está em como agir depois da escolha, depois de receber os dons. Isabel recebe Maria em sua casa e lhe saúda com as seguintes palavras:“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.” (Lc 1, 42). Maria imediatamente direciona as honras a Deus: “E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador” (Lc 1, 46-47). Sabe que foi chamada de Bendita, porque DEUS REALIZOU nela as maravilhas. A alma de Maria estava de verdade glorificando o Senhor, exultando de alegria em Deus, em Deus! Não por ela, mas por Deus.
Somos chamados, sim, temos os dons dado pelo Espírito, mas Ele é o autor, Ele é quem realiza, Ele quem faz. A única coisa que temos, é o nosso nada e o nosso pecado. Se não fosse Deus, o que seria de nós? A humildade nos faz primeiro reconhecermos que é Deus quem realiza todas as coisas.
Portanto irmãos, o nosso ministério, os nossos dons, que por muitas vezes foram alvos de nossa vaidade, nosso orgulho e soberba, precisa ser um grande e precioso motivo de louvor ao Senhor. Quando tivermos um reconhecimento por parte de alguém, vamos aprender com Maria e encher nossa alma de alegria e dizer – “Minha Alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de Alegria”. Quanto Deus espera de nós esse verdadeiro louvor. Espera que nossos dons e serviços não sejampara um auto reconhecimento, mas sim para o louvor de Sua glória.
Juninho Cassimiro
Coordenador Nacional do Ministério de Música e Artes.
Acompanhe no próximo artigo: Aos moldes de Maria: Não buscar e fugir das honras