“…Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu ao monte para orar” (Lc 9,28)

 

Oito dias depois de haver recebido a profissão de fé de Pedro em Cesaréia de Filipe e de haver anunciado sua paixão, Jesus toma consigo Pedro, Tiago e João, “e os leva a sós, ao cume de uma alta montanha”.

 Esse acontecimento é separado da esfera natural e do ritmo ordinário da vida dos discípulos até então, e situa-se em uma dimensão diferente: de solidão, de silêncio e de distanciamento de tudo, marca própria da oração do mestre.

Todo servo intercessor é convidado a ter a mesma experiência dos discípulos escolhidos por Jesus e, assim, nessa atitude de intimidade diária, até que venha crescer o desejo de repetir como o salmista: “Procuro tua face, Senhor. Não me ocultes tua face!” Ou ainda: “Meu coração está preparado para ti (Sl 26,8-9) para ti meu Deus” (Sl 56,8).

No exercício do nosso Ministério de Intercessão, precisamos de abastecimento espiritual e a única maneira para que isso aconteça é fazendo a experiência com aquele que se revela na oração, como fez Jacó quando na iminência de sua luta com Deus, atravessou sozinho a torrente do Jaboq, deixando na outra margem: Mulher, escravos, rebanhos e tudo mais. Até receber a benção divina, até receber de Deus a resposta de sua oração (Gn 32,33-55).

Na transfiguração aconteceu exatamente como no batismo, também lá, foi a oração de Jesus que abriu os céus e fez descer o Espírito Santo. “Jesus, batizado também ele, rezava: Então o céu se abriu”. (Lc 3,21-55).

Irmãos, percebamos, naquele dia Jesus não subiu o monte para se transfigurar, mas essa ação de subida, veio marcada com uma surpresa do Pai para ele, acontece aqui, o Encontro do céu com a terra, do humano com o divino, a cristofania (Cristo se manifesta). Como já disse, subiu para orar e foi enquanto “orava” que o aspecto de seu rosto mudou. A transfiguração é um efeito direto da oração de Jesus.

Não existe em todo o evangelho uma imagem ou uma cena que exerça maior fascínio do que a de Jesus que, ao anoitecer, ou no decorrer da noite, ou ao romper da aurora, quando ainda escuro, na montanha ou a beira do lago, roga ao Pai. É uma imagem-ímã, com poder de atrair nossa mente e o nosso coração, dinamizar nossos pensamentos e desejos.

 São Paulo usa duas vezes o verbo transfigurar-se (em grego transfigurar-se e transformar-se são termos equivalentes) com referência aos cristãos e nas duas vezes indica algo que tem lugar. “Transformai-vos pela renovação de vosso espírito.” (Rm 12,2).

   No segundo texto, o apóstolo explica também como isso aconteceu: “E nós todos que, de rosto descoberto, refletimos a glória do Senhor, somos transfigurados nesta mesma imagem, com uma glória sempre maior, pelo Senhor, que é espírito.” (2Cor 3,18).

No primeiro texto, Cristo é o espelho no qual contemplamos a glória Divina; no segundo texto, nós somos o espelho que, contemplando Cristo, refletimos a glória divina.

Então, quando contemplamos, nós nos transfiguramos, ficou claro.

                     “No monte Santo como o chama São Pedro, os apóstolos de olhos abertos, foram contempladores, espectadores, testemunhas oculares da grandeza de Jesus.”

Na realidade, não é baseando-nos em hábeis fábulas imaginadas que nós vos temos feito conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, mas por termos visto a sua majestade com nossos próprios olhos, porque ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando do seio da glória magnífica lhe foi dirigida esta voz: “Este é o meu filho muito amado, em que eu ponho todo o meu afeto”. Esta mesma voz que vinha do céu, nós a ouvimos, quando estávamos com ele no monte. (2 Pd 1,16-18).

                  A transfiguração nos mostra que, na oração, somos capazes de contemplar a manifestação da presença do Senhor no meio de nós. Ele quer revelar a nós a sua divindade, nos permite a participar de sua santidade. Os intercessores devemos ir constantemente à presença do Senhor na oração, estar com ele no Tabor para ver sua glória e testemunhá-la ao mundo.

Carlos Alberto da Silva

Coordenador Estadual do Ministério de Intercessão RCC Ceará

 

REDE NACIONAL DE INTERCESSÃO – MARÇO – 2020

 

INTENÇÕES PERMANENTES

1.  Pela Santa Igreja, pelo Santo Padre, o Papa Francisco, pelos Bispos, pelos Sacerdotes, Diáconos, Religiosos (as) e pelos Seminaristas;

2.  Por todas as vocações, para que o chamado de Deus seja assumido com amor e fidelidade;

3. Pelos membros do Serviço Internacional para a Renovação Carismática Católica – CHARIS;

4. Pelos membros do Serviço Nacional de Comunhão – SNC do CHARIS;

5.  Pelo Presidente do Conselho Nacional, Vinícius Simões e sua família, e todos os membros do Conselho Nacional;

6.  Pelas reuniões dos Conselhos Estaduais e Diocesanos;

7.  Por todos os Grupos de Oração do Brasil;

8.  Por todos os Ministérios da RCC em nível nacional, estadual, diocesano e de Grupo de Oração;

9.  Pelas necessidades espirituais e financeiras dos escritórios diocesanos, estaduais e nacional da RCC;

10.  Pela casa de missão da RCCBRASIL no Marajó e pelos missionários e missionárias;

11.  Pela construção da Sede Nacional da RCC do Brasil e pelos seus colaboradores;

12.  Pelos eventos de evangelização da RCC no Brasil;

13.  Pela situação política, econômica e moral em nosso País;

14.  Para que cesse a violência no Brasil e no mundo;

15.  Pela erradicação dos vírus causadores da Febre Amarela, Dengue, Zika e Cikungunya.

 

INTENÇÕES DO MÊS