“A anunciação de Maria inaugura a ‘plenitude dos tempos’” (Gl 4, 4), isto é, o cumprimento das promessas e das preparações. Maria é convidada a conceber aquele a quem “habitará corporalmente a plenitude da divindade” (Cl 2,9).

É a igreja de Cristo que se refere ao momento da anunciação de Nossa Senhora, como inauguração. A inauguração do tempo da graça, do tempo da esperança, do tempo da paz tão sonhada pelos que nos antecederam e que profetizaram esta vinda de Jesus por meio de uma virgem.

O Arcanjo Gabriel é enviado à pequena Nazaré, e encontrando seu destino, o emissário se surpreende com aquela que se coloca diante dele como a serva do Senhor.

Nossa Senhora é aquela que silenciosamente nos traz a grande notícia. É aquela que diz sim para Deus e para humanidade. Entrega sua vida em favor de cada um de nós gerando em si a fonte de todo o bem. Nos ensina que a resignação, a humildade e o silêncio são vias preciosas para ouvirmos a vontade divina.

Deus, recorre à maternidade humana. Dá ao Espírito Santo a missão de fecundar o ente santo no ventre de Maria, tornando-a partícipe da salvação.

Logo que recebe esta missão, ela se põe a servir e já é reconhecida como “Mãe do Senhor” por sua prima santa Isabel. Onde está Maria, ali está o Senhor, ali está a alegria, ali está o amparo necessário. O seu servir está diretamente ligado em nos levar a Cristo Jesus. A casa de Isabel se encheu de alegria. Deixemos que Nossa Senhora, a virgem da alegria, entre em nossos lares e em nossas vidas tão imbuídas de dificuldades e sofrimentos.

O sim incondicional de Maria é também o amor incondicional da Mãe de Deus por nós. Um amor tão grande que a fez suportar, sem nunca interromper, com sua vontade, o sofrimento e a morte do seu Filho amado para assegurar que fôssemos salvos.

Diante de tamanho abandono à vontade de Deus, precisamos sempre trazer Maria como exemplo de retidão e obediência. Nossos planos precisam sempre estar submissos aos do Pai, para que possamos, assim como ela, cantar de alegria por estarmos dentro de sua soberana vontade.

Maria, é a Mãe que nos gerou aos pés da cruz, que nos ama e que nunca nos abandona.

Confiemos nessa mãe amorosa, a senhora da anunciação, que sem cessar, nos comunica o amor!

 

Luciana Neves

Presidente do Conselho Estadual RCC Santa Catarina

Grupo de Oração Água Viva – Diocese de Criciúma (SC)