Estamos celebrando uma das solenidades mais importantes da fé cristã, a Festa do Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou seja, a Solenidade de Corpus Christi. Nesta ação litúrgica louvamos a Deus por tão precioso dom dado a Igreja pelo próprio Jesus na sua última Ceia, onde antecipou o seu Sacrifício da Cruz por amor a nós.

            A Solenidade de Corpus Christi tem sua origem na Itália, no século XIII, na cidade de Bolsena, onde um padre, duvidoso da presença real de Jesus na Eucaristia, vê da hóstia, após a consagração, cair sobre o corporal gotas de sangue. Tal notícia chega aos ouvidos do Sumo Pontífice da época, o Papa Urbano IV, que residia em Orvieto, que pediu ao bispo local que troxesse de Bolsena a Orvieto o milagre eucarístico.

            A transladação foi feita em um ostensório e em procissão, ao ver a relíquia eucarística o Papa exclama: “Corpus Christi”. Esse mesmo Pontífice escreveu a bula “Transiturus de hoc mundo” onde decretou a Festa em honra do Corpo do Senhor para toda a Igreja. Em 1317, o Papa João XXII publicou a Constituição Clementina decretando que no dia da Festa do Corpo do Senhor se fizesse uma procissão nas vias públicas com a Sagrada Eucaristia.

            Em Corpus Christi acontece a procissão das procissões, pois é o próprio Senhor que sai nas ruas para abençoar o povo. Daqui nasce a tradição de enfeitar as ruas com tapetes para o Senhor passar. Por isso, pela importância que tem essa Solenidade todo o fiel católico deve participar dessa festa anual.

            Nesse dia tão especial meditemos no que a Igreja nos ensina no parágrafo 1324 do Catecismo da Igreja Católica: “A Eucaristia é ‘fonte e ápice de toda a vida cristã’. ‘Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, se ligam à Sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a Santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa’”.

            Que riqueza de ensinamento! A partir desse parágrafo podemos nos questionar: a Eucaristia tem sido o meu soberano bem? Como está a minha participação na Santa Missa? Onde tenho buscado alimento para a minha vida carismática? A minha visita a Jesus Eucarístico é um cumprimento de dever ou é um encontro prazeroso entre pessoas que se amam?

            Se querermos uma evangelização poderosa na Força do Espírito Santo não podemos nos esquecer do centro de tudo: a Eucaristia. Se queremos Grupos de Oração  ungidos e cheios de carismas, busquemos mais a adoração ao Santíssimo Sacramento. Não há vida carismática autêntica sem amor a Jesus Eucaristia.

            A beata Elena Guerra nos diz duas coisas importantíssimas para nós carismáticos em relação a Eucaristia, a primeira: “A Eucaristia é como forno que mantém sobre a terra o Fogo que Jesus veio trazer”. A segunda: “Na comunhão Jesus batiza-nos no Espírito Santo”.

            Irmãos, vejam que graça! Se estamos frios na nossa vida carismática, se estamos desanimados na caminhada temos um “remédio”: EUCARISTIA, EUCARISTIA!!! Se queremos manter a nosso coração abrasado pelo Fogo do Espírito temos uma “receita”: EUCARISTIA, EUCARISTIA!!!

  alt           alt Eis o que manteve Elena Guerra fiel a sua missão de ser Apóstola do Espírito Santo: a sua comunhão com o Corpo do Senhor. A prova disso é que Elena construiu um Relógio Eucarístico (imagem ao lado) para lembrá-la que durante as horas do dia, em algum lugar do mundo, a Eucaristia era celebrada e assim fazia a sua comunhão espiritual.

            Busquemos mais a Eucaristia irmãos! Adoremos mais o Senhor… Que a nossa participação nas Santas Missas não sejam apenas um dever moral, mas seja uma necessidade do nosso coração. Seja o sacrário das nossas paróquias o nosso refúgio. Aleluia! Que a Virgem Maria nos ensine a amarmos cada vez mais o seu Filho presente na Eucaristia.

        

 

 

Pe. Carlos Alberto (Pe. Carlinhos)

Arquidiocese de Niterói (RJ)