Já dizia minha avó que “Não se esconde o que está escrito no olhar”. Conversar ainda é a melhor forma de estreitar laços, resolver conflitos, aproximar e construir uma relação de respeito e intimidade.

Contudo, num mundo em que a comunicação tem evoluído para formas não presenciais e as redes sociais ganham destaque, o diálogo na família se tornou um desafio tanto para os pais, quanto para os filhos. A lacuna física formada a partir das ausências geradas em função da rotina tende a evoluir para um desconhecimento dentro da família, ou seja, pessoas que vivem debaixo do mesmo teto, mas não se conhecem.

A conversa ao redor da mesa, um momento com um filho para ouvir um desabafo, o tempo usado para aconselhar uma filha, o “olho no olho” pra decifrar sentimentos não expostos, tudo isso vem perdendo espaço em muitas famílias e como consequência, é formada uma geração de crianças isoladas, jovens reclusos e introspectivos dentro de casa, que buscam nas redes sociais expor suas lamentações. Do outro lado, formam-se pais que terceirizam o diálogo do lar para o padre, para a diretora da escola ou para um psicólogo, porque já não sabem mais como se aproximar da sua prole ou por falta de hábito ou por medo de perceber no olhar do filho a necessidade de um pai presente e atencioso.

Se viemos de um lar onde não havia diálogo, temos como missão de homens e mulheres batizados no Espírito Santo mudarmos essa história na nossa família, para que esta mesma situação não se perpetue na nossa geração. Se não conversarmos com nossos filhos, eles não conversarão com nossos netos; se apenas gritamos com eles, eles também o farão no futuro.

Orientar os filhos e direcioná-los é responsabilidade dos pais. Uma boa conversa com o filho gera um relacionamento de confiança, pautado no exemplo observado dentro de casa. É conversando que deixamos o filho nos contar sobre suas dificuldades, prazeres, dúvidas, medo… E essa transparência exposta nos permite como pais compreendê-los e conduzi-los na trilha do bem.

No diálogo com nossos filhos, sabemos quem são seus amigos, que músicas gostam, como se sentem diante de certas situações, como gostam de serem tratados… E cada vez que buscamos a conversa deixamos a porta aberta para eles saberem que não precisam buscar fora o que tem em casa: pais que silenciam para ouvi-los, pais que os acolhem num abraço apertado diante de um desabafo, pais que estão dispostos a tomar a frente da educação e orientação diante de qualquer situação, ouvindo-os com respeito, e ensinando o caminho certo, com pulso forte e autoridade espiritual para corrigi-los e aconselhá-los.

É uma grande responsabilidade educar. E não se educa bem se não pedir ajuda do céu, para saber aconselhar sem impor, convencer sobre a beleza do caminho certo, identificar os perigos, combater os pseudoprazeres. É nossa responsabilidade criar nossos filhos para o céu. Convencê-los com amor que nós estamos no mundo, mas não pertencemos a este mundo (Jo 15,19).

“Cada um, pois, de nós, pais e mães, pela maneira que vemos como os pintores e escultores trabalham seus quadros e suas estátuas…assim devemos cuidar destas maravilhosas esculturas que são os filhos…estais esculpindo esculturas: Todo vosso tempo há de ser consagrado a preparar para Deus estas maravilhosas estatuas. Cerceai o supérfluo e acrescentai o que falta…” (Da vanglória e da educação dos filhos – São João Crisóstomo).

 

Inácio e Tatyla

Grupo de Oração Ventre de Maria

Coordenadores do Ministério Para as Famílias – Arquidiocese de Teresina

Pais do Pedro, Isabella e Sara

 

Apostila apresenta formação prática sobro o Ministério para as Crianças

 altA Apostila do Ministério para as Crianças é um material que leva ao evangelizador todos os subsídios necessários para a implantação e desenvolvimento do Ministério nos Grupos de Oração e dioceses de todo o país.

A apostila, além de oferecer a proposta do Ministério, apresenta a criança como figura prioritária das ações da Igreja e família. Ela destaca que a criança é dom e sinal da presença de Deus, modelo para os adultos de como acolher a palavra de Deus, pela sua docilidade, como ensinou o próprio Jesus (cf. Mt 18, 03).

Sugestões de pregações querigmáticas, celebrações durante a gravidez e de preparação para o parto estão inclusos no material.  A apostila apresenta, também, objetivo, função, metas e o desenvolvimento das ações do Ministério para Crianças (evangelização, querigma, material de apoio, metodologia). Também é refletido questões como o desenvolvimento emocional e espiritual da criança, cura interior, virtudes e o desenvolvimento.

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