Quando olhamos para a pessoa de Jesus vislumbramos um ser humano completo: um olhar que transmite confiança, conforto, segurança, ternura e uma delicadeza infinita. Nos textos bíblicos toda expressão de Jesus transmite um ensinamento, um consolo, um renovar da esperança, encoraja os desprovidos, partilha o pão com quem necessita, uma exortação no amor levando o outro a reconhecer o seu erro e deixar a vida velha. 

A sua necessidade de subir ao monte e falar com o Pai, a sua fidelidade ao Plano de Deus, mesmo sendo pregado na cruz, em todos os momentos da sua vida. Ele deixa uma lição de vida a todos nós.

Jesus venceu a morte. Ressuscitando ao terceiro dia. E nos trouxe a salvação.

Duas pessoas foram fundamentais na formação da personalidade de Jesus, sua mãe Maria e o seu pai, José.

No cenário atual da sociedade, perguntamos: em quem os pais estão se espelhando para educar os filhos? Estamos educando os nossos filhos para também vencer a morte e conquistar a vida eterna?

Vamos refletir então qual é o papel de ser Mãe e ser Pai:

Ser Mãe é conceber, nutrir, consolar, amar, proteger, educar e exortar.

Ser Pai é amar, proteger, educar, dar a vida, ser herói, ser meigo, ser carinhoso, ser dedicado e presente.

Este é o princípio, para educar filhos, na trilha da vida e na conquista do céu. Compreendendo o verdadeiro papel de ser pai e mãe. Quando Deus criou o homem e a mulher a sua imagem e semelhança, os abençoou e disse: “Frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. No livro de Gênesis 1, 28 e em 2,24 Ele diz: “Por isso, o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne”. Forma uma só pessoa com papeis distintos, e importantes para se constituir uma família na sua complementaridade.

Na Exortação Apostólica de João Paulo II, A missão da Família Cristã no mundo de hoje, no número 25, diz que: “é dentro da comunhão-comunidade conjugal e familiar que o homem é chamado a viver o seu dom e dever de esposo e pai”. “O amor à esposa tornada mãe e o amor aos filhos são para o homem o caminho natural para compreensão e realização da paternidade”.

A educação dos filhos é hoje principal função dos cônjuges na continuidade do plano salvífico de Deus, pois, ao gerar uma nova vida, os pais assumem o dever de ajudar eficazmente no surgimento de uma vida plenamente humana.  No Concílio Vaticano II foi recordado que: “Os pais, que transmitiram a vida aos filhos, tem uma gravíssima obrigação de educar a prole e, por isso, devem ser reconhecidos como seus primeiros e principais educadores. Esta função educativa é de tanto peso que, onde não existir, dificilmente poderá ser suprida. Com efeito, é dever dos pais criar um ambiente de tal modo animado pelo amor e pela piedade para com Deus e para com os homens que favoreça a completa educação pessoal e social dos filhos. A família é portanto, a primeira escola das virtudes sociais de que as sociedades tem necessidade”.

O caminho de uma boa educação e formação, que é um direito dos filhos e uma obrigação dos pais deve passar pelo conhecimento do DEUS-AMOR, pois é, pela fé, que se dá a educação para a vida, com sabedoria, equilíbrio e discernimento.

Com tantas ferramentas tecnológicas e facilidades existente nos tempos atuais se faz necessário buscar o meio correto para aplicá-las, com a finalidade de construir a personalidade dos filhos. Assim, quando estiverem grandes, não desviarão dos caminhos e valores ensinados, como instrui a Palavra de Deus em Provérbios 22,6 “Ensina a criança o caminho que deve andar e ainda quando for velho, não se desviará dele”.

Não existe uma receita pronta para a educação dos filhos, mas, os pais só conseguem quando:

  1. guardam e vivem os mandamentos da Lei de Deus;
  2. vivem a mansidão e humildade, buscando a instrução do coração em Jesus;
  3.  vivem pela fé, perseverantes e firmes mesmo diante das tribulações e provas. O Senhor é prova viva, Ele mesmo fala: “Coragem! Eu venci o mundo”. JO 16,33;
  4. são ternos ans atitudes com os filhos e entre si (entre os cônjuges);
  5. olham com firmeza e docilidade os componentes da família;

Há muitos filhos desprovidos do amor dos pais, por viver cada um voltado para si próprio, buscando realizar os seus próprios interesses. Muitos pais olham para os seus filhos com olhares frios e distantes, como se o filho fosse um peso e não uma benção, como se não fosse importante, como se educar não fosse função sua.

Este tipo de comportamento tem gerado uma geração sem amor mútuo, provocando assim a formação de uma sociedade desequilibrada e sem ordem, onde quem impera é o eu, o egoísmo, a corrupção, o desrespeito e a violência. É comum muitos jovens se suicidarem por não ter o amor e atenção dos pais, jovens que não sabem enfrentar as dificuldades da vida, que não sabem perder, que só querem ganhar tirando proveito do outro.

Na bíblia temos um exemplo da influência negativa na formação da personalidade da filha, Herodíades, mulher fútil, vaidosa, má, vingativa, adultera e egoísta que pensava só em si. Incentivou a filha a fazer o pedido da cabeça de João Batista a Herodes.  Os filhos são o espelho dos pais. Uma autoridade emocional mal trabalhada gera comportamentos destrutivos e infratores. A falta de diálogo, harmonia e respeito amadurece artificialmente a criança, levando-a não ter vida própria e condiciona a mera repetição do comportamento dos pais.

No contexto atual há muitos pais desistindo dos seus filhos, ou transferindo a responsabilidade por acharem que não tem mais jeito, que quem educa é a escola. Ao contrário, quando os pais exerce uma autoridade emocional bem trabalhada gera crianças seguras, amadas e obedientes, a exemplo da mãe que incentivou e viu os seus  7 filhos serem sacrificados  por não desobedecerem a Lei de Deus (cf. II  Macabeus 7).

Perseverar na fé e fidelidade a Deus nos faz dóceis e seguros, transmitindo segurança e docilidade ao outro e a certeza de que está no caminho certo.

Na cruz, Maria viu o amor que seu filho Jesus tinha pela humanidade e viu, também, a Sua fidelidade ao plano de Deus, mesmo com a sua alma transpassada em dor. Pela obediência a Deus, Ela permaneceu firme assim como seu filho. E a recompensa foi à vida eterna.

Na Exortação Apostólica Pós-Sinodal, AMORIS LAETITIA, sobre o Amor na Família, o Papa Francisco registra a atenção que a família deve ter na educação dos filhos no contexto atual, para que tenhamos uma sociedade madura e equilibrada. No número 290 ele termina dizendo: “Nós, que cremos, reconhecemos o amor que Deus tem para conosco” (IJo 4,16). Só a partir desta experiência é que a pastoral familiar poderá conseguir que as famílias sejam simultaneamente igrejas domésticas e fermento de evangelização na sociedade.”

Para sermos geradores de filhos promotores da vida, precisamos, em primeiro lugar, ouvir a Deus, subir a montanha para orar assim como fazia Jesus; buscar na Palavra as promessas que Deus tem para a família; é preciso confiar e acreditar; é preciso esperar na fé; é preciso ter o louvor no coração em todos os momentos; é levar Maria para CASA, Ela antecipa o milagre, e nos ensina a cuidar dos nossos filhos a serem vitoriosos, mantendo acesa a chama do amor e da esperança.

É preciso promover momentos juntos, para orar, fazer as refeições, brincar, fazer as tarefas de casas e da escola, conversar, planejar e sonhar, passear e viajar, assistir filmes, dentre outros, para criar o laço de amizade, confraternização, partilha e respeito, partilhar o quanto cada um é importante.

Em um momento de oração pela nação brasileira, Deus colocou em nosso coração, que este país será mudado a partir do momento que as famílias, voltarem a transmitir os verdadeiros valores da vida, que se encontra no
Evangelho, precisamos transformar os nossos lares em altares que adoram ao Senhor, que tenham Jesus no centro. Só Ele é o caminho a verdade e a vida.

No coração de cada filho deve ficar registrado que Ele tem um Deus que a ama, que o encoraja, que o fortalece, que lhe chama pelo nome, que é precioso aos olhos de Deus, que é apreciado e amado por Ele.

A sociedade precisa ser contagiada pela alegria das crianças, e nós, pais, somos responsáveis em manter acessa no coração delas essa alegria pura e sincera.

Que a Sagrada Família de Nazaré possa cuidar e nos ensinar a viver a essência do amor em família!

 

José Alves e  Maria Rozeli

Grupo de Oração Sagrada Família

Coordenadores do Ministério para as Famílias no estado da Bahia

Pais da Franciele e Maria Ester

 

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