O testemunho desta semana foi enviado por Francisco Roberto Albuquerque, o Beto, de Barcarena/PA, membro do Ministério de Pregação da Diocese de Abaetetuba. Nesta história impressionante, ele conta como a mão de Deus, também movida pela intercessão dos irmãos de fé, o salvaram de um grave acidente.
A paz queridos irmãos!
Aproveito este espaço para falar da grande Graça que o Senhor tem me concedido nestes tempos. Aliás, Ele nunca me abandonou, tenho certeza disso. Mas, quero relatar o que aconteceu no final de semana do dia 22 de agosto de 2010.
Eu, minha mulher e mais três irmãos de caminhada estávamos retornando de um retiro de Reavivamento Espiritual em uma comunidade do município de Tomé Açú, a cerca de 230 km de minha cidade. Já havíamos percorrido cerca de 120 km e agora fazíamos um trecho que está em construção no meio da mata, um percurso de cerca de 40 km, cheio de poeira, altos e baixos e muitas pedrinhas soltas no chão, de difícil dirigibilidade. Em toda a extensão, a trilha disponível para trafego só permite passagem para um carro. Quando dois carros têm de passar um pelo outro, ambos quase param para passar sem bater.
Estávamos pela metade desta estrada em uma viagem tranqüila. Era por volta das 17h15, quando avistei um carro a uns 500 metros de distancia. Ele parecia parado. Desci o monte onde estava e não vi mais aquele carro. Foi aí que o Senhor me mandou tirar o carro da pista. Foi em segundos. Só vi quando apareceu, à minha frente, uma van em alta velocidade. Como que em um salto alcançou onde estávamos alguns segundos antes. Eu não sei como aquele motorista conseguia dirigir naquela estrada com tanta pressa, talvez a uns 100 km/h, onde as placas indicam no máximo 40km/h. Houve um grande pânico entre nós.
Quando nos acalmamos um pouco, fomos confortados por uma voz que vinha do CD Player e dizia: “Chagas abertas, oh Coração ferido, Sangue de Cristo está entre nós e o perigo…”. Coincidência? Não! Providência. Estas canções estavam nos acompanhando desde o começo da viagem e momentos antes deste acontecimento, a Celina Borges começou a cantar “Chagas abertas”. Como se houvéssemos combinado, houve um silencio total no carro e todos, no seu íntimo, começaram a meditar as palavras da canção. Eu, particularmente, saboreava aquela canção-oração. E foi o sangue de Cristo, que nos livrou daquele que seria um grave acidente em uma estrada deserta, onde passa um carro a cada hora, onde o celular não funciona, onde não mora ninguém por perto. Foi lá que o Senhor apareceu e me falou: “Tira o carro da trilha, não somente a metade, sai da trilha agora!”. Eu obedeci e Ele nos salvou.
Após este momento, tive coragem de falar e ainda nervoso disse: “Vocês ouviram a musica? Vocês sabem por que não morremos?”. Então repeti a musica da Celina e agradecemos ao Senhor por nos ter “livrado de todo mal”.
Já em casa, eu e a Socorro, minha mulher, conversávamos na possibilidade de ter acontecido aquele acidente. Era tão longe de tudo e eu dizia: “Até que alguém nos encontrasse e chamasse uma ambulância seria tarde demais!”.
Enquanto ainda falávamos, tocou o celular da Socorro. Era a Dona Helena, uma irmã da intercessão. Ela queria saber se estava tudo bem com a gente, perguntou se havia acontecido algum momento de tensão em nossa vida naquela tarde. A Socorro respondeu que sim e, antes mesmo que contasse o que aconteceu, a dona Helena começou a explicar: “Eu estava em casa, muito cansada e acabei dormindo por volta das 17 h, quando tive um sonho. Vi um velório, mas não vi o corpo. Achei estranho e não entendi nada. De repente o Beto veio e me disse: ‘Dona Helena eu estou indo embora. Eu vim me despedir. Eu tenho que me mudar daqui!’. E você também dizia, Socorro: ‘Eu também vou com ele, tenho que acompanhá-lo, é meu marido’. E eu disse: ‘Meu Deus mais um servo que vai! Como fica o nosso Grupo de Oração? Já saíram tantos. O que vamos fazer?’. ‘Nós temos que orar! Vamos fazer uma oração! Um terço!’, falava o Beto, mas não conseguáimos”. Neste momento ela acordou muito nervosa, como quem está passando por aflição. Chamou as filhas e começaram a orar por nós. Ela contou que a medida em que foi orando o sentimento de pavor foi passando. Eu estava ao lado da Socorro e ouvia a conversa ao telefone e comecei a chorar enquanto Dona Helena relatava este sonho e sua oração.
Chorei e louvei a Deus, pois tive a confirmação do livramento daquele acidente. Percebi que naquela estrada deserta não estávamos sozinhos. Percebi que o Senhor cuida de suas ovelhinhas e não as abandona nunca. Percebi que ter fé em Deus vale a pena, que, quando confiamos Nele, Ele vem ao nosso encontro na hora da tribulação, não importa se estamos em uma estrada deserta, Ele está lá.