Ao meio-dia deste domingo, 26, diante de 80 mil fiéis reunidos à sua espera na Praça São Pedro, o Bispo de Roma afirmou que toda a Lei divina se resume no amor a Deus e ao próximo: “O sinal visível com o qual os cristãos testemunham ao mundo o amor de Deus é o amor pelos irmãos”, apontou Francisco.
“O mandamento do amor a Deus e ao próximo não é o primeiro porque está no topo da lista dos mandamentos. Jesus não o coloca no alto, mas no centro, porque é o coração de onde tudo deve começar e retornar; é a referência”.
“Jesus não nos entregou fórmulas ou preceitos, não; ele nos confiou dois rostos, aliás, um só rosto, o de Deus que se reflete em muitos outros, pois no rosto de cada irmão, especialmente o menor, o mais frágil e indefeso, está presente a imagem de Deus”.
“Ao encontrarmos um destes irmãos, nós deveríamos nos perguntar se somos capazes de avistar nele o rosto de Deus. Somos capazes disso?”, perguntou o Pontífice aos peregrinos, romanos e turistas na Praça.
Respondendo, Francisco disse que “não se pode mais separar a vida religiosa do serviço aos irmãos, aos irmãos que encontramos concretamente; ser santos requer também cuidar das pessoas mais frágeis como o estrangeiro, o órfão, a viúva”. E completou: “o amor é a medida da fé e a fé é a alma do amor”.
Após a reflexão sobre o Evangelho de Mateus, o Papa ressaltou a ‘novidade’ da mensagem de Jesus: “Colocar juntos estes dois mandamentos, o amor a Deus e o amor ao próximo”, revelando que “eles são inseparáveis e complementares; são as duas faces da mesma medalha”, concluiu Francisco, citando um trecho da Encíclica ‘Deus é Amor’, de Bento XVI.
Francisco rezou a oração mariana do Angelus e concedeu a todos os presentes a sua bênção apostólica.
Fonte: Rádio Vaticano