Por Reinalda Delgado dos Reis
Vejamos o que diz a Bíblia em Mateus 2, 1.11 em relação aos presentes que levaram os magos quando Jesus nasceu:
“E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém. […] E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se diante d’Ele O adoraram. Depois, abrindo os seus tesouros, ofertaram-Lhe como presentes: ouro, incenso e mirra.”
A Noite de Natal é o momento em que Deus Menino vem fazer morada entre nós. O sinal é a estrela, o cenário é o estábulo, o motivo é comunicar seu amor à humanidade; o presente é o próprio Jesus, a certeza é que Deus, o Emanuel, está conosco.
O momento é de alegria e o grito deve ser de compromisso para que a estrela de Belém continue brilhando e a iluminar os passos de cada um. E que o Menino Jesus nos motive a participar da construção da nova humanidade, aponte o caminho da Boa Nova da Salvação, para que se promova a paz, a justiça e a solidariedade.
O Papa Bento XVI pediu aos católicos que redescubram o significado religioso do Natal, dizendo que não se deve deixar o materialismo dominar essa data, e que as crianças estão crescendo num mundo saturado de ‘falsos modelos de felicidade’ e são atraídas por adultos inescrupulosos para ‘o beco sem saída do consumismo’.
Com pesar constatamos que o Natal tornou-se um tempo de consumismo, quando na verdade precisamos ter consciência de que esta data simboliza o nascimento de Jesus Cristo. E Ele deve nascer não só no dia 25 de dezembro, e sim todos os dias em nossos corações. Presentes, festas e todas as tradições são insignificantes diante da real importância desta data.
O costume de trocar presentes com amigos e parentes foi distorcido não remetendo ao verdadeiro sentido de natal do cristianismo! Ele não celebra o nascimento de Jesus Cristo nem O honra! Até cristãos esquecem muitas vezes de dar o que deviam a Jesus Cristo e a Sua obra, no mês de dezembro. Aparentemente as pessoas estão tão ocupadas trocando presentes natalinos que não se lembram de Jesus nem de Sua Encarnação para a Salvação de toda humanidade. Na verdade, contudo, vivemos numa sociedade consumista, e acabamos por nos condicionarmos ao meio em que estamos inseridos.
Mas o final do ano nos remete ao exercício da reflexão. Às vezes parece que o tempo está passando mais rápido, quando na verdade somos nós que estamos mais rápidos. Em meio a tanta tecnologia, descobertas, mudanças e acontecimentos, às vezes não paramos para ver o tempo passar. Passamos tão rápido por uma flor que acaba de desabrochar e nem notamos a beleza da natureza. Tudo que aconteceu neste ano curtíssimo passa como um flash por nossa cabeça.
Chegamos ao final do ano com o sentimento de missão cumprida, por mais que muita coisa não tenha sido feita? É um tempo de darmos sorrisos? De perdoar? Orar mais e sermos agradecidos pelas dádivas divinas recebidas durante todo ano que termina? Como pretendemos viver depois que todas estas festas passarem novamente?
Nunca nos esqueçamos: sempre é Natal, pois um Deus de Amor vive no meio de nós!
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