Na tradicional bênção papal Urbi et Orbi, proferida sempre no dia 25 de dezembro na Praça São Pedro, no Vaticano, Papa Francisco refletiu sobre a alegria verdadeira do Natal e fez uma intensa súplica pela paz e fim das guerras pelo mundo todo.
O Santo Padre iniciou sua mensagem ressaltando que a notícia do nascimento de Jesus mudou o curso de toda a história e trouxe junto dela uma “grande alegria”:
Qual alegria? Não a felicidade passageira do mundo, nem a alegria da diversão, mas uma alegria «grande» porque nos faz «grandes». De facto hoje nós, seres humanos, com as nossas limitações, abraçamos a certeza duma esperança inaudita: a esperança de termos nascido para o Céu. Sim, Jesus nosso irmão veio fazer do Seu Pai o nosso Pai: Menino frágil, revela-nos a ternura de Deus e muito mais… Ele, o Unigênito do Pai, dá aos homens o «poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1, 12). Eis a alegria que consola o coração, renova a esperança e dá a paz: é a alegria do Espírito Santo, a alegria de ser filhos amados.
Ainda fazendo um convite à alegria, Papa Francisco exortou quem se sente sozinho, quem perdeu a esperança e os que estão cansados e a cada um que o ouvia: “Alegra-te, (…) porque se cumpriu para ti a antiga profecia de Isaías: ‘Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado e o seu nome é Príncipe da paz. Com Ele, a paz não terá fim'”.
A partir deste nome de Jesus – Príncipe da Paz -, o Santo Padre iniciou um grande clamor pela paz no mundo. Ele recordou os muitos inocentes que morrem ao redor da terra, as vítimas ainda no ventre de suas mães e os que sofrem com falta de dignidade.
Papa Francisco também dedicou um longo tempo de sua fala citando países e regiões do mundo que sofrem e são assolados pela guerra. “Dizer “sim” ao Príncipe da paz significa dizer “não” à guerra, a toda a guerra, à própria lógica da guerra, que é viagem sem destino, derrota sem vencedores, loucura indesculpável”, afirmou Francisco que prosseguiu encerrando sua fala:
Irmãos e irmãs, aproxima-se o tempo de graça e esperança do Jubileu, que vai começar dentro de um ano. Que este período de preparação seja ocasião para converter o coração; dizer "não" à guerra e «sim» à paz; responder com alegria ao convite do Senhor que nos chama, como profetizou Isaías, "para levar a boa-nova aos pobres, para curar os desesperados, para anunciar a libertação aos exilados e a liberdade aos prisioneiros".