Os bispos do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep) lançaram mais uma nota em sua última reunião do ano. Esta é sobre a crescente violência no país, que vem ceifando a vida de sacerdotes da Igreja. Com o título “Mataram mais um irmão!”, a nota repudia os assassinatos que aconteceram no ano de 2009 e retiraram as vidas dos padres Ramiro Ludeño, de Recife (PE); Gisley Gomes Azevedo, CSS, Brasília (DF); Ruggero Ruvoletto, Manaus (AM); Evaldo Martiol Caçador (SC) e Hidalberto Henrique Guimarães, Murici (AL). “Estamos inconformados com as agressões praticadas contra o padre Joaquim Fonseca, missionário comboniano que trabalha em Roraima”, completa a nota.
No texto, os bispos afirmam que continuarão empenhados contra as práticas violentas e na luta por justiça e paz.
O texto foi divulgado em 10 de dezembro, dias antes do assassinato do Padre Alvino Broering, de Itajaí/SC.
Confira nota, abaixo:
Mataram mais um irmão!
Nós, Bispos do Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB (CONSEP), temos acompanhado, com muita preocupação, a violência praticada contra presbíteros da Igreja Católica no Brasil. Em 2009, foram assassinados: Padre Ramiro Ludeño (Recife/PE); Padre Gisley Gomes Azevedo, CSS (Brasília/DF); Padre Ruggero Ruvoletto (Manaus/AM); Padre Evaldo Martiol (Caçador/SC) e Padre Hidalberto Henrique Guimarães (Murici/AL). Estamos inconformados com as agressões praticadas contra o Padre Joaquim Fonseca, missionário comboniano que trabalha em Roraima.
Neste ano de 2009, quando a Campanha da Fraternidade chamou a atenção da sociedade brasileira sobre a Segurança Pública, vemos como o clima de insegurança continua trazendo medo, tristeza e dor.
A Igreja Católica no Brasil se sente profundamente atingida e indignada diante da violência contra filhos seus cuja vida está sendo ceifada. Reafirmamos que nada justifica a violência!
A CNBB continuará empenhada na luta pela justiça e paz porque acredita em Jesus Cristo que veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância (cf. Jo 10,10) e lembra: a impunidade é uma das causas do aumento da violência.
Celebrando o Ano Sacerdotal, manifestamos, mais uma vez, nosso amor e gratidão aos presbíteros do Brasil, e rogamos a Deus que, na fidelidade a Cristo, continuem perseverantes, fiéis, pastores dedicados ao povo que lhes é confiado.
Brasília, 10 de dezembro de 2009, celebração do aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-Geral da CNBB
Fonte: CNBB