A paz de Jesus, meus irmãos!
Sabemos que temos duas palavras de ordem para esse ano: MISERICÓRDIA E LOUVOR. Nos meses anteriores vimos um pouco sobre a misericórdia, e temos a total consciência que esse assunto não se encerra. Nesses próximos, vamos nos voltar um pouco mais para o Louvor.
Vida de louvor aos Moldes de Maria
“E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito se alegra em Deus, meu salvador, porque olhou para a sua pobre serva.” (Lc 1,46-48).
Quando leio esse versículo, onde Maria diz, Minha alma glorifica ao Senhor, sinto que dá pra mergulhar muito, e temos muito a descobrir dessa oração.
Maria está num estado de graça tão grande que esse canto é um resultado da ação de Deus em sua vida. Maria está transbordando de alegria e de graça, pois nos versículos anteriores vamos ver que somente a sua saudação fez com que Isabel tivesse uma experiência impactante com o Espírito. E entendamos, foi somente uma saudação, um bom dia, boa tarde, shalom, enfim, não foi uma pregação, ou uma música ungida, foi uma simples saudação.
Ela diz: Minha alma. Isto quer dizer, não é da boca pra fora, não é uma teoria, é a vida toda de Maria glorificando a Deus. Maria, ao ser saudada pelo anjo, ouve que ela encontrou graça diante de Deus. A vida de Maria já era um louvor. Antes mesmos de receber a visita do anjo, a vida de Maria já alegrava a Deus.
Irmãos, se o nosso chamado, é sermos o ministério do louvor, isso transcende a questão de definição de louvor, é importante sim, que saibamos tudo a respeito do louvor, mas o que torna o nosso louvor verdadeiro, é a nossa vida cheia da graça do Senhor.
Paulo, na carta aos Efésios, faz um louvor que compreendemos bem tudo isso:
“Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda benção espiritual em Cristo, e nos escolheu nele antes da criação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos.” (Ef 1,3-4).
Sabemos que a nossa vocação primeira é a santidade, e a santidade é a alegria de Deus. Como Paulo diz, Deus já nos abençoou com toda benção espiritual em Cristo (no batismo) para sermos santos, e isso é o que Deus espera de nós.
O louvor brota exatamente da verdade, daquilo que realmente somos, não apenas de uma ideia. Quando consigo escolher pelo bem em vez do mau, pela verdade em vez da mentira, pelo silencio em vez das conversas frívolas, pelo perdão em vez da mágoa, pela renuncia em vez do apego, pelo amor em vez do ódio.
Quando algumas de nossas escolhas forem essas, nossa vida será um grande louvor ao Senhor. Se for o contrário, se nossas escolhas não forem essas, nosso ministério é uma grande hipocrisia.
“O Senhor disse: esse povo vem a mim apenas com palavras e me honra só com os lábios, enquanto seu coração está longe de mim, e o temor que ele me testemunha é convencional e rotineiro, por isso, continuarei a tratar esse povo de modo tão estranho que a sabedoria dos espertalhões se perderá e a inteligência dos astutos desaparecerá” (Is 29,13-14).
Imagine-se agora no cotidiano, não no exercício do ministério, mas sim ali em casa, no convívio com os familiares, no trabalho, na rua, no mercado, no ônibus, nas reuniões, etc., sua vida precisa ser um louvor aí, nessas situações. Quem se relaciona com você, precisa entender porque seus olhos brilham, porque seu sorriso é diferente, porque seu abraço transmite paz.
No mês de Maria, no mês de Pentecostes, nossa Mãe nos convida à sala do cenáculo e lá receber Aquele que santifica nossas vidas, nos convida a irmos à fonte de onde nascemos de novo, e dessa forma nasce uma vida de louvor. É no cenáculo que nascem os verdadeiros louvores, é lá que nosso peito é inflamado, é em pentecostes que o Espírito vem sobre nós e torna nossa vida santa e irrepreensível.
Que nesse dia 22, todos os artistas se reúnam para clamar o Espírito num desejo de uma vida nova, de uma vida de louvor.
Que Deus nos abençoe!
Juninho Cassimiro
Coordenador Nacional do Ministério de Música e Artes
Renovação Carismática Católica do Brasil – RCCBRASIL
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