Na catequese desta quarta-feira o Papa Francisco reforçou que na oração “é Deus que nos deve converter a nós; não somos nós que devemos converter Deus”. Ela deve ser um ato de profunda confiança e entrega ao Senhor. Leia o resumo da catequese.

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Acontece às vezes que a nossa oração não é atendida por Deus; pelo menos assim nos parece, pois o que pedimos não se realiza. Mas, se Deus é Pai, por que não nos escuta? Também a oração que Jesus faz ao Pai no Jardim das Oliveiras parece que não foi atendida: o Filho teve de beber até ao fundo o cálice da Paixão. O capítulo final, porém, não foi a sepultura, mas a ressurreição ao terceiro dia. O Mal pode ser senhor do penúltimo dia; nunca do último. Este, o último, pertence só a Deus, e é o dia em que se realizam todos os anseios humanos de salvação. Por isso, como escreve o apóstolo Paulo, não sabemos sequer o que mais nos convém pedir. Quando rezamos, corremos o perigo de não servir a Deus, mas de pretender que Deus nos sirva a nós: não admitimos outra alternativa, senão a dos nossos desejos. É fácil erguer uma bandeira com a escrita “Deus está connosco”; ansiosos por assegurar que Deus está connosco, pouco nos preocupa verificar se nós efetivamente estamos com Deus. Enfim, não sabemos o que pedir, para rezar como convém. O que fazer então? Deixar de rezar, porque afinal Deus não nos ouve? Para responder a esta pergunta, é preciso meditar com calma os Evangelhos: lá vemos que a resposta de Jesus aos inúmeros pedidos que Lhe fazem às vezes é imediata, outras vezes não. Na leitura inicial, ouvimos a súplica de Jairo pela cura de sua filha; Jesus acolhe a súplica, mas iam ainda a caminho quando lhes chega a notícia de que a filha morreu. Parece o fim! Mas Jesus diz ao pai: “Não tenhas receio; crê somente”. É a fé que sustenta a oração. De fato, depois Jesus ressuscita a menina. Mas, por um certo tempo, Jairo teve de caminhar na escuridão, só com a luz da fé. Na oração, lembremo-nos sempre disto: é Deus que nos deve converter a nós; não somos nós que devemos converter Deus.

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Fonte: Vaticano