Na catequese desta semana o Papa Francisco deu continuidade às reflexões sobre a Carta aos Gálatas. Hoje, a meditação deu enfoque na liberdade verdadeira que “nasce do amor de Deus e cresce na caridade”.
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Na Carta aos Gálatas, o apóstolo Paulo nos introduz na grande novidade da fé, da “vida nova” recebida no Batismo, com o dom maior de sermos filhos de Deus. Renascidos com Cristo, passamos de uma religiosidade de preceitos a uma fé viva, tendo como centro a comunhão com Deus e com os irmãos. Passamos da escravidão do medo e do pecado à liberdade dos filhos de Deus. Mas esta liberdade se expressa plenamente na vivência da caridade, e aqui, uma vez mais, estamos diante do paradoxo do Evangelho: somos livres quando nos colocamos a serviço dos demais. Como se explica esse paradoxo? Pela caridade, pelo amor. Foi o amor de Cristo que nos libertou, e é o amor que nos liberta da escravidão do egoísmo. A liberdade guiada pelo amor torna livres aos demais e a nós mesmos, e conduz-nos a servir especialmente os mais pobres, reconhecendo nestes o rosto de Cristo. Uma das concepções modernas de liberdade afirma: “a minha liberdade termina onde começa a tua”. Trata-se de um conceito individualista, onde falta a dimensão comunitária. A pandemia nos ensinou o quanto necessitamos uns dos outros. Afirmamos e cremos que os demais não são um obstáculo à minha liberdade, mas a possibilidade de realizá-la plenamente, pois a nossa liberdade nasce do amor de Deus e cresce na caridade.
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Fonte: Vaticano