Na catequese de hoje o Papa Francisco deu continuidade as suas reflexões sobre a oração. O Santo Padre reforçou a importância da perseverança na intimidade com o Senhor, “mesmo quando temos a impressão de estar a perder tempo, porque Deus tarda a responder”. Ele recorda que os santos também experimentaram esse silêncio, mas permaneceram firmes.

Leia o resumo da catequese de hoje.

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Jesus deixou-nos o exemplo duma oração perseverante: o diálogo constante com o Pai, no silêncio e recolhimento, é o fulcro de toda a sua missão. O Evangelho ensina-nos a pregar sempre, mesmo quando temos a impressão de estar a perder tempo, porque Deus tarda a responder. Muitos Santos e Santas experimentaram este silêncio de Deus, a noite da fé, mas perseveraram na oração. Ainda que o Céu nos pareça surdo e mudo, continuemos a rezar, porque, mesmo na noite da fé, nunca estamos sozinhos. Jesus faz seus e apresenta a seu Pai cada um dos nossos gemidos e cada uma das nossas preces. A certeza de sermos ouvidos funda-se na oração de Jesus, que dá à oração do homem aquelas asas que ela sempre desejou possuir. O Senhor “te cobrirá com as suas penas – são palavras do Salmo 91 –; debaixo das suas asas encontrarás refúgio; a sua fidelidade é escudo e couraça”. Esta promessa estupenda cumpre-se em Jesus, que nos acolhe na sua oração e assim podemos rezar ao Pai por Cristo, com Cristo e em Cristo. Ele é tudo para nós, como nos recorda Santo Agostinho: “Sendo o nosso Sacerdote, ora por nós; sendo a nossa Cabeça, ora em nós; e sendo o nosso Deus, a Ele oramos. Reconheçamos, pois, n’Ele, a nossa voz e a voz d’Ele em nós”. Por isso, o cristão que reza, nada teme. Quem bate com fé e perseverança à porta do coração do Pai do Céu, não ficará desiludido.

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Fonte: Vaticano