Na catequese de hoje o Papa Francisco destaca a constante conversa de Jesus com o Pai, por meio da oração. Leia a catequese na íntegra.

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Depois de termos percorrido o Antigo Testamento na nossa catequese sobre a oração, chegamos agora a Jesus. Começamos pelo primeiro ato da sua vida pública: o batismo no rio Jordão. Este batismo teve lugar numa oração coral do povo, numa oração penitencial onde todos se reconheciam pecadores. Jesus reza com os pecadores; não ficou na margem oposta do rio para destacar a sua diversidade e distância do povo desobediente, mas mergulha os seus pés nas mesmas águas de purificação. Assim Ele inaugura a sua missão, colocando-Se à frente dum povo de penitentes, como se tivesse de abrir uma brecha pela qual todos nós, depois d’Ele, pudéssemos passar. Na verdade, depois de Jesus ter sido batizado e estando em oração, o Céu rasgou-se… Rezando, Ele abre a porta dos Céus e, por aquela brecha, desce o Espírito Santo e faz-se ouvir a voz do Pai: “Tu és o meu Filho muito amado; em Ti pus todo o meu agrado”. Aquela oração de Jesus, nas margens do Jordão, era pessoal, mas no Pentecostes tornar-se-á a oração de todos os batizados em Cristo. O próprio Jesus nos convidou e ensinou a rezar como Ele rezava. Por isso, quando nos sentirmos fracos, inúteis, vazios, devemos suplicar que a oração de Jesus se torne também nossa. Ouviremos então uma voz do Céu, mais forte do que a denúncia que sobe do íntimo de nós mesmos, murmurar estas palavras de ternura: “Tu és o filho, tu és a filha, tu és o enlevo do Pai dos Céus”. Foi por nossa causa e para nós que se fez ouvir a voz do Pai; Jesus desceu às águas do Jordão, não para Si próprio, mas para todos nós. Abriu os Céus, como Moisés abrira as águas do Mar Vermelho, para podermos passar atrás d’Ele. Jesus deu-nos, de prenda, a sua própria oração, o seu diálogo de amor com o Pai.

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Fonte: Vaticano