Ao refletir sobre o zelo por evangelizar, fixemos o nosso olhar em Jesus, que é o modelo do evangelizador. Vendo o seu dia a dia, encontramo-lo, muito cedo, à procura dum lugar deserto onde se detém na oração com o Pai. Ali descobre o sentido da sua existência no mundo e toma as suas decisões mais importantes. Partindo da oração, Jesus dedica o resto da jornada ao anúncio do Reino, aproximando-se dos pobres, doentes e pecadores. Ao falar sobre si, apresenta-se como bom Pastor. E ser pastor não é um mero trabalho, mas um estilo, um modo de viver: durante as vinte e quatro horas do dia, o pastor encaminha o rebanho ao pasto, dorme entre as ovelhas e cuida das mais débeis. Assim procede Jesus para conosco: com o seu coração de Pastor, não faz apenas qualquer coisa por nós, mas dá a vida por nós. Conformando-se com Jesus, a ação pastoral da Igreja deve seguir o estilo dele. Perguntemo-nos: rezamos como Jesus? Falamos com Ele? Não esqueçamos que a intimidade com Cristo é a alma de todo o apostolado. Permanecendo com Ele, descobrimos que o seu coração se preocupa com quem se perdeu do rebanho. Nunca o ouvimos dizer: “Aquele afastou-se?! O problema não é meu”, mas vemo-lo abandonar tudo e correr atrás de quem se extraviou; o traz de volta, faz-lhe sentir a beleza do seu amor. Tal é o zelo de Deus; assim deve ser o nosso!

 

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Fonte: Vaticano