Concluímos hoje o ciclo de catequeses sobre a figura de São José, que são complementares da minha Carta apostólica intitulada Com coração de pai, escrita pelos 150 anos da declaração do nosso Santo como Padroeiro da Igreja Católica. E que significa isto? De certo modo, o núcleo primordial da Igreja é formado por Jesus, Maria e José. Sabemos que o Filho do Altíssimo veio ao mundo em condições de grande fragilidade; precisou de ser defendido, protegido, cuidado. Pois bem! O Pai do Céu fiou-se de José, como aliás fez Maria que nele encontrou o esposo que A amou e respeitou e sempre cuidou d’Ela e do Menino. Neste sentido, “São José não pode deixar de ser o Guardião da Igreja, porque a Igreja é o prolongamento do Corpo de Cristo na história e ao mesmo tempo, na maternidade da Igreja, espelha-se a maternidade de Maria. José, continuando a proteger a Igreja, continua a proteger o Menino e sua mãe; e também nós, amando a Igreja, continuamos a amar o Menino e sua mãe” (n. 5). Este Menino tornar-Se-á homem adulto; então ouvi-Lo-emos dizer: “Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes” (Mt 25, 40). Assim, cada faminto e sequioso, cada forasteiro e pessoa sem agasalho, cada doente e encarcerado é o “Menino” que José guarda. Por isso, o invocamos como protetor de todos os necessitados, exilados, aflitos e moribundos. E nós temos de aprender com ele a “guardar” estes bens: amar o Menino e sua Mãe; amar os Sacramentos e o Povo de Deus; amar os pobres e a nossa paróquia. Em todas e cada uma destas realidades, sempre encontramos o Menino e sua Mãe.

 

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Fonte: Vaticano