Precisamos compreender incialmente que somos carne e espírito, partindo da relação corpo – mente, espírito – vida, logo a nossa vida não pode ser vivida sem que seja pela ação do Espírito Santo, que é justamente o “ruah” (sopro) dado por Deus a cada um de nós. Se reconhecemos Deus como Senhor de nossas vidas, devemos nos esforçar para torna-lo também Senhor de nossas famílias.

Pentecostes, embora seja celebrado em uma data específica nas nossas comunidades, jamais deve ser compreendido numa visão míope, como um acontecimento, ou como um fato do passado dentro da nossa igreja. Como o próprio tema propõe Pentecostes é uma cultura, uma prática perene que precisamos propagar e renovar todos os dias em nossa vida pessoal e familiar.

O mundo tem apresentado, distrações e atrativos, para nos dispersar da vida de oração pessoal, por vezes somos envolvidos em rotinas e agitações do dia que nos dificultam fazer o momento de oração pessoal. Se individualmente já temos dificuldades, imagina quando essa realidade se estende a família. É ainda mais desafiador, semear a cultura de Pentecostes nas nossas famílias. Precisamos cada dia clamar pela ação desse Espírito em nossas casas.

A graça matrimonial é resultado da ação salvadora de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, e também do derramamento do Espírito Santo. Graça que transforam a família em verdadeiras Igrejas Domésticas. A finalidade dessa graça dada pela ação do Espírito Santo é o homem santificar a mulher e a mulher santificar o homem, e nesse amor santificado educar os filhos na fé Cristã. (Pe. Micael de Moraes, O Espírito Santo e a família, RCC Brasil, 2023).

Uma vida de oração em família, é um processo de santificação que se estende por todos que formam a família e pra tanto, precisa de disciplina, assim como o corpo precisa do alimento para sustentar o físico, não conseguimos passar muito tempo sem nos alimentarmos, essa deve ser a mentalidade na dimensão espiritual com relação a oração.

O Espírito Santo que é o “dínamos” desta cultura de pentecostes nas nossas famílias é também o ajudador, o que ajuda ordenar o tempo, de forma que reservemos sempre um tempo do nosso dia para nossa oração em família. O ideal é que seja um tempo comum a maioria dos integrantes da família e se possível que não sofra tanta alteração para que fique mais fácil de se articularem para estarem presentes. “Em nossa casa o horário da manhã é o que se mostrou melhor para nos juntarmos em oração, e assim o temos feito”. Na sua casa pode ser no período da manhã, tarde ou da noite, o importante é encontrar um horário comum para a oração em família e a manutenção da Cultura de Pentecostes dentro de nossas casas.

Josemar Nascimento e Noélia Nascimento

Coordenadores do Ministério para as Famílias