Na semana do dia internacional da mulher, a RCCBRASIL  traz para você o testemunho de Creuza Hungria, uma mulher que teve sua feminilidade e história de vida tocada pela misericórdia de Deus através da experiência do Batismo no Espírito Santo. Qual é o modelo que hoje, você mulher, deseja seguir? O que Deus sonhou para as mulheres? Qual o projeto que Deus tem para Suas filhas?

 

“Eu não cresci em um lar onde se praticava a fé, apesar ser batizada e casada na igreja católica. Minha mãe era uma mulher forte, corajosa, trabalhadora, mas que tudo dominava. Meu pai permitia que assim fosse.  Esta inversão de papéis não foi positiva, não foi um bom modelo a ser seguido. Minha mãe foi uma mulher à frente do seu tempo, muito independente e que assumia um papel que não era o dela. Ela que decidia tudo na nossa família. Este foi o modelo eu que trouxe para mim, antes de minha experiência com Jesus, parecia-me normal, mas que sob a luz do Espírito Santo percebi ser altamente destrutivo para meu matrimônio e um péssimo exemplo para meus filhos.

Há dezesseis anos, eu havia perdido o sentido da vida. Era uma mulher jovem, bela e com muito sucesso profissional. Tinha uma bela família, que eu não valorizava mais. Meu casamento praticamente não existia, nossos filhos estavam abandonados. Nosso lar estava desprovido da presença da esposa e da mãe. Eu concentrava todas as minhas forças no trabalho e em mim mesma: egocentrismo exacerbado.

Nossa família encontrava-se muito ferida e Deus não significava quase nada em nossas vidas. Eu era o modelo da mulher moderna, bem-sucedida, independente, tinha tudo e ao mesmo tempo não tinha nada, pois era vazia da presença de Deus.

No dia de Pentecostes do ano de 2001, o Senhor me concedeu um batismo de fogo no Espírito Santo e iniciou-se, para mim, uma Vida Nova em Cristo Jesus. Ele se revelou para mim com muito poder! Nunca mais fui a mesma mulher! Graças a Deus!

O Senhor começou em minha vida um grande processo de transformação e restauração. Ele começou em mim e consequentemente em nossa família.

Deus abriu meus olhos. Mostrou-me todas as desordens que reinavam em nossas vidas. Ele me chamou a retornar ao meu lar, para minha família, para a igreja. Pela graça de Deus, eu ouvi o Seu chamado e desprezei toda aquela independência, todo sucesso profissional e passei a servir a minha família e a Deus! E quantas alegrias e vitórias neste novo caminho! Com cruz! Com muitas renúncias, como nos promete Nosso Senhor, a quem quiser ser seu discípulo! Mas com júbilo! Com plena assistência do Espírito Santo.

Nossa Senhora se tornou o meu modelo! E vou perseguir com fé até o fim o desejo de em tudo imitá-la. Ela tem me educado e me ensinado a fazer tudo como Jesus me disser (João 2).

Redescobri a beleza de minha vocação, de minha identidade. Tenho agora convicção do meu papel, da minha missão. O Senhor me libertou da escravidão de querer ser algo que eu não sou, independente para mim, porque Deus não me criou para mim mesma. Como é bom ser Mulher! Me vestir e me portar como mulher, me aceitar como mulher e deixar Deus realizar em mim e através de mim o seu plano de amor.

Há dez anos, eu percebendo o sofrimento e a angústia no coração de algumas mulheres. A partir, também, da minha própria experiência, surgiu o desejo de partilhar com outras mulheres, o que Deus estava fazendo em minha vida e de minha família. Em 2007, o Senhor nos inspirou a realizarmos os Encontros Só Para Mulheres, onde o Espírito Santo tem realizado em nós curas profundas e Nossa Senhora tem nos ensinado a sermos mulheres segundo o coração de Deus.

Os encontros “Só Para Mulheres” começaram timidamente em nosso sítio, na varanda da nossa casa. Hoje, ele acontece anualmente, no último fim de semana do mês de agosto, na Associação Servos de Deus, em Goiânia (GO). É maravilhoso ver o que o Espírito Santo através da intercessão de Nossa Senhora tem realizado na vida de muitas mulheres ao término de cada encontro. Creio que estes encontros são o socorro de Deus para as mulheres nestes tempos que estamos vivendo”.

“Não transformaremos o mundo senão aceitando nos deixar moldar por Deus. Não há mudança sem morte. A lagarta morre para surgir à borboleta. A mulher deve morrer para o desejo de tudo dominar, para que a força de Deus opere nela e por meio dela”. (Jô Croissant, do livro Mulher Sacerdotal).

 

CREUZA HUNGRIA 

Diretora de promoção Humana da Associação Servos de Deus – Goiânia -Goiás            
Coordenadora do Encontro Só Para Mulheres da RCC Goiânia