“Meu nome é Carolina Andrade Freire e na diocese de Lorena sou mais conhecida como Carolzinha, tenho 20 anos e estou no quarto ano de Engenharia de Materias na USP de Lorena, interior de São Paulo.
São notórias as histórias de pessoas que quando entram na faculdade se desviam dos caminhos e acabam por se perder, essa é a história de como eu me encontrei (com Deus) dentro, literalmente, de uma universidade. Meu primeiro ano foi bem difícil pra mim, longe da família, amigos e enfrentando aquele novo clima universitário sem suporte algum; eu tinha mudado da minha casinha no centro da grande capital de São Paulo para morar num pensionato no interior. E foi nesse contexto que no segundo semestre de 2012 entrei timidamente na Capela Nossa Senhora Aparecida localizada no Campus I da faculdade para participar de um “tal” de GOU (Grupo de Oração Universitário) que eu tinha ouvido falar, e época jurava que era “GOL” com “L” e só depois fui descobrir que era com “U” de universitário mesmo. Fazia uns dois anos que eu não pisava numa igreja e no tempo de um GOU, com os dois ou três únicos membros da época, aprendi o que era GOU, MUR e a “tal” da Renovação Carismática… foi o suficiente para despertar meu interesse em voltar nas semanas seguintes.
Eu não sabia nada, não conhecia os dons do Espirito Santo, a oração em línguas e até mesmo as questões litúrgicas e tradições mais simples eram novidades para mim. Por alguma razão mesmo sem compreender completamente o que se passava eu gostava de tudo aquilo, não me sentia mais inadequada ou em algum lugar ao qual eu não pertencia, pela primeira vez em Lorena eu me sentia em casa. Algo em mim havia sido despertado, além de virar participante fiel comecei meu curso de crisma na mesma capela e me crismei no final do ano.
No ano seguinte a coisa mudou de figura, meu contato com Deus se tornava mais próximo, as missas dominicais já não eram opcionais e minha família, de católicos não praticantes, começou a notar as mudanças também. Como diz aquela famosa frase: Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos e foi assim que me vi sendo objeto da misericórdia do Senhor. Passei a servir no GOU, com o serviço veio a comunidade e com ela pude encontrar uma família longe de casa, irmãos colocados a dedo na minha vida com quem pude sempre contar e com eles crescer muito.
Tive a graça também de descobrir que esse sentimento de família é algo maior que ultrapassa as barreiras do meu GOU e até mesmo da minha diocese. No início desse ano meu irmão mais novo entrou na Universidade Federal de São Carlos e Deus foi tão providente que mesmo sem conhecer pessoalmente eu consegui o contato de um luquinha (para quem não sabe luquinha é quem faz parte do GOU) e hoje meu irmão é um feliz morador da República Sagrado Coração. Ele que antes de ir para a universidade tirava sarro de mim e não havia feito nem a segunda comunhão, hoje é outro apaixonado pelo Ministério.
Anos se passaram, hoje tenho a graça e o desafio de ser coordenadora de um novo GOU, tive de sair dos braços dos Filhos do Céu para desbravar um novo campo de missão e trazer o Toque da Alvorada ao Campus II da faculdade. Sei a mudança que esse Ministério fez na minha vida e por isso quero ser instrumento de Deus para poder proporcionar isso a outras pessoas, nem que sejam apenas naqueles 20 minutinhos de Grupo nos nossos intervalos. Afinal, um dia alguns sonharam para eu estar aqui e hoje eu posso dizer que sou parte deste sonho. Salve Maria!”.
Carolina Andrade Freire
Ministério Universidades Renovadas
RCC SP