O que faz de simples filhos de Deus pessoas que se sintam impelidas a interceder por outras, permanecendo nas brechas por onde o mal pode penetrar? O que as faz acolherem do Espírito Santo autoridade espiritual para interceder diante do Cordeiro?

O livro “Intercessores diante do Cordeiro – Santidade e Missão” vem a ser um roteiro de vida para pessoas que desejam ser genuínas “guerreiras em oração”, buscando a santidade e cumprindo sua missão.

A primeira parte da obra fala dos meios para nossa santificação e para termos uma intimidade cada vez maior com o Senhor, elementos necessários para o exercício de qualquer ministério. Um dos capítulos mais interessantes trata a “Adoração” como primeiro passo para um caminho de intimidade com Deus, e explica o que significa adorar e como fazê-lo.

Já a segunda parte aborda as atitudes e ações que devem nortear a vida daqueles que se entregam a tão sublime e necessária missão: interceder.

Deus continua procurando intercessores, pessoas incansáveis que se coloquem na brecha empenhados em interceder pela humanidade. Com certeza se trata de uma literatura fundamental para aqueles que sentem este chamado de santidade e missão.

Leia abaixo a introdução do livro, lançado pela Editora RCC da Brasil, escrita pelo seu autor, Vicente Gomes de Souza Neto, coordenador nacional do Ministério de Intercessão desde 2004.

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A busca de Deus por intercessores verifica-se constantemente em toda a história da salvação: “Busquei entre eles um homem capaz de construir um muro e capaz de pôr-se na brecha em prol da nação, para que eu não a destruísse, mas não o encontrei” (Ez 22, 30).

“O Senhor viu com indignação que não havia mais justiça. Viu que aí não existia pessoa alguma, e admirou-se de que ninguém interviesse” (Is 59, 16).

Deus sempre suscitou intercessores (aqueles que permanecem na brecha), homens e mulheres, que se colocavam entre o povo pecador, idólatra e recalcitrante (cf. Lv 19, 21-22 e Ez 22, 30) e a Sua Santidade (cf. Lv 19, 2). Ele escolhia e ungia para cumprir a missão Sacerdotes, Profetas e/ou Reis (cf. Êx 35, 31 e Dt 34, 9-10). Os intercessores no Antigo Testamento, ao serem, assim escolhidos e ungidos, podiam permanecer na presença de Deus (Javé) e oferecer sacrifícios pelo povo, o que não era facultado a este (Ex 33, 11a; 34, 28.34).

Deus sempre buscava intermediadores que interviessem pelos erros do povo que se desviava d’Ele pela idolatria, pela injustiça, pela impiedade e pela iniqüidade (Is 59, 16-17; 62, 6-7, Ez 22, 30, Jr 37, 3, I Sm 12, 22-23).

Assim descreve o Catecismo da Igreja Católica: “Interceder é pedir, suplicar em favor de outro. Desde Abraão, é próprio de um coração que está em consonância com a misericórdia de Deus”.¹
A palavra INTERCESSÃO em si quer dizer a ação de “pôr-se entre”. O intercessor é aquele que se engaja numa batalha espiritual em favor das necessidades de alguém, de algum grupo, família, país, paróquia, etc.

Deus procura intercessores, e grande é a sua decepção de não encontrar pelo menos um: “Viu que aí não existia pessoa alguma, e admirou-se de que ninguém interviesse. Então foi seu próprio braço que lhe veio em auxílio e sua justiça que lhe serviu de apoio” (Is 59, 16)! Mas porque Ele não os encontra? Talvez porque os católicos batizados não se apercebam da graça do sacerdócio comum que já possuem. Através do Sacramento do Batismo, a graça santificante nos capacita a oferecermos nossas vidas como sacrifício vivo pelos irmãos por meio da oração de intercessão, de súplica, de petição, etc., clamando principalmente para que todos se encontrem com Jesus Salvador.

Nada é impossível para Deus, pois Ele é onipotente, onisciente e onipresente, mas Ele quer que seja dessa maneira, contando com nossa cooperação, escolhendo-nos para participarmos deste maravilhoso serviço de amor e misericórdia. A intercessão pedida por Deus nos leva a revisar nossa vida, nossas idéias para que essa forma de oração nos aproxime d’Ele.

É urgente uma intercessão no poder do Espírito Santo, pois fomos escolhidos para ficarmos na brecha e, entre tantas situações de dor, de angústia, de desespero e depressão, deixarmos o Espírito agir em nós e através de nós. O intercessor que se deixa conduzir pelo Espírito Santo tem uma meta que não pode ser esquecida: trazer a graça até àqueles que dela estão necessitados.

Cheios do Espírito Santo e experimentando a presença de Deus, nossa intercessão assemelhar-se-á à de Jesus Cristo.

Hoje cremos em Jesus Ressuscitado, Glorioso, o nosso intercessor que está sentado à direita do Pai e derrama sobre nós o Espírito Santo, como havia prometido. O Espírito Santo vem em nosso socorro e é Ele quem intercede em nós e por nós, pois o “Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos segundo Deus” (Rm 8, 26-27).

Os carismas, dons espirituais de serviço do Espírito Santo, quanto mais forem sendo exercidos, mais irão tornar aptos e seguros os intercessores. Quando intercedemos profeticamente, nossa visão e escuta espiritual ficam cada vez mais claras; Jesus Cristo exerce o comando, no poder do Espírito Santo; Ele é o Senhor, e a nossa intercessão se torna cada vez mais forte; as respostas de Deus são mais aceitas por nós.

Intercessão é luta, é combate, é sofrimento, é compaixão e misericórdia, nada pode separar o intercessor do amor de Deus. Ele tem de assumir a realidade de filho de Deus e, porque filho, herdeiro da promessa da graça, devendo crer e agir como tal até recebê-Ia, buscando-a até encontrá-Ia, batendo até que a porta se abra. O objetivo do intercessor deve ser ver as respostas, segundo a vontade de Deus, de que todos encontrem a salvação; não desanimar e não esquecer que o tempo e o querer de Deus são diferentes do nosso.

A busca da santidade, chamado de todo cristão batizado, será trabalhada na primeira parte deste livro. Essa parte contém um ‘roteiro’ ou ‘itinerário‘ espiritual que todo servo da RCC deve trilhar para manter estreitos os laços com o Senhor, vivendo o Batismo no Espírito Santo (nossa identidade – DNA de carismáticos). Servo intercessor que não tem intimidade com Deus e não busca a santidade estará sendo parcial e ‘incompleto‘ em sua vocação e missão.

Na segunda parte, iremos tratar mais especificamente da oração de intercessão, ou seja, nos conformar ao único e definitivo intercessor diante de Deus: Jesus Cristo. Veremos, também, como o intercessor vai-se capacitando nesse maravilhoso serviço.

Ressaltamos, ainda, que o presente livro não é um tratado teológico sobre o assunto, mas sim um estímulo para a reflexão daqueles que desejam, como batizados, reconhecer a realidade e a necessidade de serem intercessores.

Deus continua procurando intercessores. O mundo, hoje, também precisa de nossa oração.

O intercessor deve ser incansável, não sair da brecha e para que ela não seja preenchida pelo inimigo, ele deve estar sempre pedindo ao Senhor que venha fechá-Ia, enchendo-a com o Espírito Santo.

Que cada vez mais cristãos assumam sua parte no Corpo místico de Cristo e se empenhem em interceder pela humanidade!

¹ Catecismo da Igreja Católica, 2635.
 

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