Certa vez, fui celebrar uma Missa em uma capela. Naquela ocasião, uma senhora estava sendo homenageada e seus filhos e netos também estavam presentes. Uma celebração muito bonita, festiva. Quando chegou ao final, antes de dar a bênção, eu disse para os filhos: “alguém gostaria de dar uma palavrinha para a mãe que celebra mais um ano de vida?”. Foi aquele silêncio na capela… Geralmente, nessa hora, as pessoas têm vergonha de falar. Então, as pessoas apontavam para uma das filhas, para que ela falasse alguma coisa. Ela disse em meia voz: “mas eu não sei o que falar”.

 

De repente, uma pessoa no meio do povo falou em um tom um pouco mais alto: “é só começar a falar que sai”. E eu achei interessante esta expressão, por isso, usei como título deste artigo. E, de fato, foi o que aconteceu! Aquela filha abriu a boca e começou a falar. Saíram muitas palavras lindas em relação à sua mãe, aquilo que ela era para os filhos, para a família.

 

Assim também deve ser com a nossa Mãe do céu. Se lembrarmos de nossa mãe, certamente, vamos lembrar de coisas boas que ela fez por nós, entre muitas outras coisas que talvez não iremos lembrar, ou nem podemos imaginar. Devemos ter esse mesmo olhar para com Maria, a mãe de Jesus e nossa, aquela lembrada por tantos títulos. No Brasil, por exemplo, ela é chamada de “Rainha”, “Padroeira do Brasil”. Tem também a “Virgem da Piedade”, que traz o seu Filho nos braços, “Nossa Senhora da Assunção”, a “Imaculada Conceição”, entre tantas. Mas, uma só é a Mãe de Deus.

 

No Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 966, está escrito: “Finalmente a Virgem Imaculada, preservada e imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso de sua vida terrena, foi elevada ao céu em corpo e alma e exaltada pelo Senhor como rainha, para assim se conformar mais plenamente com o seu Filho, Senhor dos Senhores e vencedor do pecado e da morte.” Ela foi assunta ao céu, é um dos dogmas de fé, está junto de Jesus, do Pai, intercedendo por nós.

 

Jesus nos deu Maria, ao pé da cruz, como diz o evangelho de São João, capítulo 19, versículos de 25 a 27: “Junto à cruz de Jesus estavam de pé a sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela o discípulo que ele amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis o teu filho. Depois disse ao discípulo: eis aí tua mãe”.

 

Não tenha medo de receber Maria na casa do seu coração, de se aproximar dela e deixar que ela se aproxime de você. Ela intercede a Jesus por mim, por você, por nossa casa, por nossa família.

 

Maria, Virgem Imaculada, Virgem Assunta aos céus, com tantos títulos uma só Mãe de Deus e nossa, rogai por nós, pobres pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém!

 

 

Padre Paulo de Oliveira Costa (Paulinho)                                                                                                                

Membro da Comunidade Canção Nova e apresentador dos programas “Hora da Misericórdia” e “Dai-nos a bênção” pela rádio Canção Nova.