“Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida”. É assim que toda a Igreja professa, no Símbolo Niceno-Constantinopolitano, como crê no Espírito Santo: Aquele que dá a vida! No relato da criação, Deus forma o homem e inspira-lhe nas narinas um sopro de vida. Somente depois disto, então, que ele se torna um ser vivente (cf. Gn 2, 7).
Na 30ª edição do nosso Congresso Nacional, realizado de 10 a 15 de julho de 2012 em Foz do Iguaçu/PR, durante a pregação da Patti Mansfield, um trecho de sua fala inspirada tocou-nos de forma especial:
“Eu sou chamado o doce hospede da alma: deixe que Eu seja o doce hospede das suas almas. Eu sou chamado de refrigério para os que estão cansados: deixe que Eu seja refrigério para você nos seus cansaços. Eu sou chamado de poder e força para os fracos: deixe que Eu seja poder para você. Eu sou chamado de luz para aqueles que estão nas trevas: deixe que Eu seja luz na sua vida. Recebam o Espírito Santo, o Senhor, o doador da vida”.
Doce hóspede da alma, que age em nossa liberdade e deseja nos doar a vida. Aleluia! Gentilmente nos pede: “Posso ser o refrigério, a força, a luz de suas vidas?”. E que vida é essa que anseias nos oferecer?
Quando recorremos a Sagrada Escritura, no livro do profeta Ezequiel, encontramos a resposta. Fala-nos de uma fonte maravilhosa que jorra do templo, uma torrente que se lançará no mar. A tradução da Bíblia Ave Maria no seu rodapé nos diz que este mar é o Mar Morto, cujas águas eram salgadas demais para permitir a vida. No entanto, a Palavra de Deus nos diz que essa corrente aí será lançada, tornando essas águas mais saudáveis (cf. Ez 47, 1-8). Prossegue o texto bíblico com esta afirmação: “em toda a parte aonde chegar a torrente haverá vida” (Ez 47, 9b). Depois da passagem destas águas que vem do santuário (cf. Ez 47, 12), o que antes eram sinais de morte se transformam.
Sejam quais forem os símbolos empregados, sopro ou água, neste caso ambos se referem à vida. E vida onde há uma situação de “não-vida”. A moção destacada nos fala de cansaço, fraqueza, trevas. E podíamos acrescentar tantos outros indícios que traduzem a nossa condição quando nos falta a vitalidade.
Alegremo-nos, pois o Senhor que dá a vida nos convida a abrir o coração para que Ele atue de forma nova. Ele pode e quer nos devolver a vida. E pede somente: “deixe que Eu seja…”. Ore neste instante: “Eu deixo, eu permito que ajas de maneira nova em minha vida. Entrego-te meu cansaço, minha fraqueza. Permito que seja meu refrigério, minha força. Deixo que dissipes as trevas que me circundam. Vem iluminar as minhas incertezas. Renovar a minha vida. Devolver-me o brilho. Vem Espírito Santo. Vem doador de vida”.
E sempre que nos sentirmos sem vida, recorramos ao Espírito Santo. Onde Ele toca tudo se transforma. Qual realidade você precisa que Ele toque agora? Basta apresentá-la, com fé. Não perca tempo, ainda que seja no silêncio do teu coração!