Este feriado de 1º de maio foi marcado pelo último dia do Encontro Nacional para Presidentes de Conselhos Diocesanos. A segunda-feira se iniciou com a Adoração ao Santíssimo Sacramento conduzida por Pe. Mariano Rodrigo, sjs.

Durante a adoração, o sacerdote conduziu os participantes a entregarem a Deus suas dores, sacrifícios e incompreensões como um sacrifício de louvor. “Que seu serviço de coordenação seja um serviço à glória de Deus”, motivou o padre. O momento foi conduzido levando os participantes a louvarem a Deus e orarem dando liberdade ao Espírito Santo para manifestar seus carismas.

AS TENTAÇÕES DO LÍDER

Em seguida, o primeiro ensino do dia foi ministrado por frater Lucas Evangelista, diretor da Escola Nacional de Formação de Líderes e Missionários. Com a temática “Não deis lugar ao demônio”, o pregador se baseou na passagem em que Jesus foi tentado no deserto e, a partir dela, elencou as três tentações que as lideranças na igreja podem sofrer, alertando para que os coordenadores diocesanos permaneçam firmes em Deus para não cair em tentação.

  • Tentação do prazer: que segundo o frater, se manifesta na tentação de ser visto, querer ser ouvido, ter visibilidade e espaço de fala.
  • Tentação da soberba: o inimigo de Deus deixa o líder com o sentimento de que está por cima, enquanto que a arrogância nos deixa no chão. Mas, muitas vezes, se deixa tomar pela cultura do imediatismo e, ele até pode cumprir a lei, mas tem soberba no coração e isso pode ser uma grande brecha.
  • Tentação do poder: “Nós temos poder instituído pela graça de estado da coordenação. Mas temos que tomar cuidado com o domínio sobre os outros. (…) O serviço é nosso, mas a obra é de Deus”, disse frater Lucas.

 

A ARMADURA DO LÍDER
A segunda colocação do último dia do encontro foi feita pela secretária-geral do Conselho da RCCBRASIL, Luciana Neves. Falando sobre a missão dos presidentes de conselhos diocesanos e estaduais, ela destacou que a finalidade da coordenação é pastorear e ajudar as pessoas a chegarem à vida eterna.

Aprofundando a passagem de Efésios 6,13-17, em que São Paulo apresenta a armadura de Deus, a pregadora explicou que esta é uma analogia do apóstolo com a armadura dos soldados romanos e prosseguiu se aprofundando em cada componente elencado nos versículos.

Segundo ela, o cinto pode proteger dos golpes mais baixos e que, por assim dizer, o inimigo de Deus sempre virá com o golpe da mentira, mas que os “homens cheios do Espírito Santo são sempre conhecidos pela sua retidão” e, então, se revestem da verdade que é Cristo.

O calçado que recorda a prontidão do discípulo para levar o Evangelho da paz. Nesse sentido, ela destacou que “os pés precisam ser ligeiros para avançar nos mais diversos territórios de nossos estados e dioceses”.

O escudo que já não será mais usado em defesa de si próprio, mas que passa a ser o escudo da que cobre todas as partes frágeis e que é fruto de uma vida mantida pela graça do Espírito Santo.

O capacete que já não guarda mais a própria cabeça, mas os pensamentos contra tudo aquilo que vem tirar o olhar da salvação. “Para que nenhuma palavra, ideologia ou doutrina pressuponha o Evangelho de Cristo e a sua Sã Doutrina”, reforçou Luciana que acrescentou, por fim, a espada: “não a que fere, que mata, mas a espada de dois gumes que é a Palavra de Deus”.

A SIMPLICIDADE DE JOSÉ, EXEMPLO PARA OS LÍDERES
Pe. Mariano Rodrigo, sjs, retornou ao altar para então presidir a Santa Missa de encerramento do encontro. Em sua homilia, o sacerdote recordou a memória litúrgica de São José Operário destacando que este grande santo foi pai de família, esposo e trabalhador e que, em sua simplicidade, compreendeu o dom de Deus. “Diferente daqueles que estavam ao redor de Jesus que contemplavam seus milagres, mas não compreendiam a mensagem por estarem presos à origem e simplicidade de Jesus”, disse.

O presidente da celebração prosseguiu dizendo que, às vezes, o líder se perde naquilo que é próprio da sua missão, sendo que as coisas são mais simples do que parece. Segundo pe. Mariano, isso acontece por estarem presos a grandes expectativas, vindas de outras pessoas, de mentalidades mundanas, mas que na verdade a preocupação deve ser fazer brotar frutos do Evangelho que é gerar vida. “Devemos planejar mas que esteja submisso à vontade Divina”, concluiu o sacerdote.

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