As nossas crianças foram a nós confiadas para que sejam cidadãs do céu. Nosso papel não é apenas nos preocupar com uma boa formação regular, bons cursos, faculdade e profissão. Nossa principal preocupação deveria ser com o que é eterno, ou seja, as almas de nossos pequenos que foram a nós confiadas para devolvê-las para Deus. Mais que isso, considerando a vocação universal a santidade de todo batizado, somos chamados a traçar caminhos de santidade para que os nossos filhos possam trilhar.

Aos olhos dos que não creem, isso é loucura, porém, essa é a linguagem da cruz, e sabemos que “A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina. Está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e anularei a prudência dos prudentes (Is 29,14). Onde está o sábio? Onde o erudito? Onde o argumentador deste mundo? Acaso não declarou Deus por loucura a sabedoria deste mundo? Já que o mundo, com a sua sabedoria, não reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura de sua mensagem.”(1 Cor 1, 18-21)

Só pela sabedoria divina e pela ação poderosa do Espírito é que podemos conduzir nossa família à santidade. Para isso, é preciso forjar o caráter de nossas crianças, um trabalho exigente, para então formarmos adultos cheios das virtudes da fé, esperança, caridade, prudência, justiça, fortaleza e temperança, ou seja, alguém com um profundo caráter cristão.

As crianças crescem nessas virtudes, primeiramente pelo exemplo, por aquilo que observam dos pais e de outros adultos e que imitam aqueles que admiram, mesmo que de modo inconsciente. Outra forma de se trabalhar as virtudes é pelas coisas que as crianças são levadas e ensinadas a fazer por aqueles que as educam. Por fim, pela palavra, ou seja, pela explicação daquilo que observam e são levadas a fazer. É preciso entender que muitas vezes vai ser necessário a repetição do falar, do explicar e também muita paciência, porém, os frutos virão mais tarde. Afinal, queremos que as crianças se tornem homens e mulheres virtuosos e santos, tais como Deus sonhou quando confiou ao nosso cuidado.

A Igreja nos ensina a olhar para os santos e tê-los como nossos modelos. São Luís e Santa Zélia Martin, são exemplos de santos que educaram seus filhos para o céu. Da sua união matrimonial, nasceram nove filhos, quatro dos quais morreram prematuramente. Cinco filhas chegaram à vida adulta, sendo a filha mais conhecida, Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face. Porém, todas as suas filhas foram conduzidas em sua formação familiar nos caminhos de santidade. Principalmente pelo exemplo, pela admiração que despertavam nas crianças, pela fé, pela espiritualidade cultivada no lar, pela participação na vida da Igreja e sacramentos, pela dedicação ao trabalho, pelas obras de caridade, pela sabedoria de viver em Deus os momentos de perda e dor e pelo profundo amor, como a grande força para superar todas as dificuldades, o que levava à percepção de todos a beleza de ser família. Das cinco filhas, quatro filhas entraram para o Carmelo e uma filha para a ordem das Visitandinas.

Enfim, ao olhar tal testemunho somos motivados e, ao mesmo tempo, ficamos com a clareza que sim, é loucura aos olhos do mundo pensar em ter uma família santa e conduzir os nossos filhos em caminhos de santidade, mas, a loucura da cruz é sabedoria de Deus, na qual nós, pela força do Espírito Santo, somos chamados a viver e assim, vencer os desafios que encontramos, inclusive toda corrente cultural, moral e muitas vezes anticristã que se contrapõe à nossa fé e aos nossos valores. Porém, em Deus, é possível vencer.

 

André e Jacqueline Antonieti

Grupo de Oração São Francisco de Assis 2

Coordenadores estaduais do Ministério para as Famílias de São Paulo

Pais do Júlio Davi, Filipe e Pietro

 

Um livro que apresenta uma grande amiga

alt“A Turma da Beata Eleninha e os seus ensinamentos de fogo” apresenta às crianças uma grande amiga do céu, que pode interceder por cada um de nós e clamar para que o Senhor derrame sobre adultos e crianças o Espírito Santo de Deus. Quem é a Beata Elena Guerra e qual a sua mensagem? São algumas das informações contidas nessa obra que disponibiliza ilustrações, atividades e jogos para ajudar a criançada a sempre mais fazer a vontade de Deus, a exemplo da nossa amiga “Eleninha”.

Na apresentação do material, Padre Eduardo Braga, o padre Dudu, que é vice-postulador para a causa de canonização da Beata Elena Guerra apontou o material como uma oportunidade de propagar a devoção ao Espírito para as crianças: “A Turma da Beata Eleninha” poderá servir de remédio para aquela infeliz lacuna que trazemos em nossa catequese em relação à pessoa e a obra do Espírito Santo. Conhecer a história de Elena Guerra é encontrar-se necessariamente com o Espírito Santo! Tudo nela leva a Ele”.

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