O Acordo, firmado a 13 de novembro de 2008, “consolida ulteriormente os tradicionais vínculos de amizade e de colaboração existentes entre as duas partes”, indica um comunicado da Santa Sé.
“Compõe-se de um Preâmbulo e de 20 artigos, que regulam vários âmbitos, entre os quais: o status jurídico da Igreja Católica no Brasil, o reconhecimento dos títulos de estudo, o ensino religioso nas escolas públicas, o matrimônio canônico e o regime fiscal”, acrescenta o comunicado.
Realizaram o intercâmbio o secretário para as Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti, em representação da Santa Sé, e o embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, em representação do Brasil.
Assistiram ao ato, por parte da Santa Sé, o chefe de Protocolo, Dom Fortunatus Nwachukwu, e os monsenhores Antoine Camilleri e Angelo Accattino.
Por parte da República do Brasil, os conselheiros da embaixada perante a Santa Sé Silvana Polich, Orlando Timponi e Alexandre Campello de Siqueira.
Também presenciou o ato o prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Claudio Hummes.
O Acordo prevê o ensino religioso nas escolas públicas e a inserção de espaços dedicados ao culto nos ordenamentos urbanos, exime do pagamento de impostos instituições religiosas e reconhece as sentenças eclesiásticas em matéria matrimonial e os títulos acadêmicos eclesiásticos.
O episcopado brasileiro sugeriu em 1991 a oportunidade de estipular um Acordo internacional entre Igreja e Estado. As negociações entre Governo e Santa Sé começaram oficialmente em 2006.
Em novembro do ano passado, o Acordo foi firmado durante uma visita do presidente do Brasil, Lula da Silva, ao Vaticano, e esta quinta-feira entrou em vigor.