A festa da Exaltação da Santa Cruz, celebrada em 14 de setembro, tem origem em Jerusalém no ano 335, quando foram dedicadas as igrejas construídas por Constantino no Gólgota e no Santo Sepulcro, após sua mãe, Helena, descobrir as relíquias da Cruz de Cristo. A cruz, que antes era símbolo de tortura passou a representar o amor de Deus pela humanidade.

A festa não glorifica a crueldade da cruz, mas o amor que Deus demonstrou ao entregar seu Filho, Jesus, para morrer nela. Segundo o Evangelho proclamado nesta celebração, Deus deseja uma relação de amor com cada pessoa, e essa oferta é visível na cruz de Cristo.

Segundo conta a história, a cruz teria sido roubada em 614 por Cosroes II, rei dos persas, e recuperada posteriormente pelo imperador Heráclio para ser restaurada em Jerusalém. Evento este que contribui com o simbolismo da cruz como um instrumento de vitória sobre a morte e o pecado.

A cruz é vista como a árvore da vida para os cristãos, simbolizando não apenas sofrimento, mas também redenção e ressurreição. Santo Inácio de Antioquia destacou que, para os não crentes, a cruz pode ser um escândalo, mas para os seguidores de Cristo, ela é salvação e vida eterna. A celebração convida os fiéis a reconhecerem o significado profundo da cruz como um chamado ao seguimento de Cristo e à renovação de sua fé.

Sendo assim, na Exaltação da Santa Cruz, a Igreja recorda a misericórdia divina que ilumina a vida humana, transformando a cruz em símbolo de esperança e redenção para todos.