Como bem sabemos queridos irmãos, neste ano de 2014, viveremos em nossos Grupos de Oração que são a expressão máxima da Renovação Carismática Católica, a inspiração dada pelo Espírito Santo de Deus ao Conselho Nacional de nosso Movimento, a seguinte passagem bíblica: “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros no amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4,1-3).
Quero com estas linhas não esgotar o assunto desta belíssima inspiração para os nossos trabalhos, mas relacioná-la de forma simples, porém como uma meta de vida a ser atingida, com uma parte do canto conhecido como a Oração de São Francisco: “Ó Mestre, fazei que eu procure mais, consolar que ser consolado; compreender que ser compreendido; amar que ser amado. Pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna”.
Tanto a passagem bíblica quanto a oração, nos indicam um caminho a ser experimentado; caminho este, baseado numa vivência da vocação para a qual, Deus mesmo nos escolheu.
Eu não conheço a tua história, não sei por onde você tem andado nos últimos tempos, qual tem sido a sua experiência com Deus, mas acredito com toda força do meu coração que o modo mais digno de se viver para Deus é debruçado na humildade, na mansidão e na paciência.
E porque afirmo isso?
Muito simples: exatamente, pelo fato de que estes atributos da humildade, mansidão e paciência, nos tornam capazes de suportar por caridade as precariedades de nossa vida, sendo sempre solícitos, conservando, cuidando, defendendo e zelando pela unidade que nos garante o vínculo da paz.
Ora, queridos, somente assim, vinculados à Paz que possui um Nome acima de todos os nomes, Jesus Cristo Nosso Senhor e Salvador, conseguiremos em nossa peleja diária buscar o consolo aos que sofrem, compreender as incompreensões desta vida que batem à porta dos nossos Grupos de Oração diariamente, amar mesmo aqueles que achamos que não merecem nosso amor, doar-se para receber de Deus e não dos homens, aquilo que nos custa mais caro na experiência com o Espírito Santificador: perdoar com sinceridade todas as situações que teimam em constranger o nosso ser católico e morrer a cada dia para as coisas que nos impedem de realizar tudo aquilo que o Filho de Deus, conquistou na Cruz do Calvário, por amor a nós e assim alcançarmos a Vida Eterna.
Em grandes linhas, a relação que podemos fazer do texto inspirado para este ano e a Oração atribuída ao grande São Francisco, é de que precisamos tomar uma decisão urgente e necessária em nosso seguimento a Jesus Cristo, ou seja, necessário se faz, tomarmos consciência de que o Espírito de Cristo é a nossa vida, e sem este Espírito, nós não podemos viver, aliás, me atrevo a dizer: nós não existimos sem Ele.
É urgente. É necessário.
Peçamos ao Mestre Jesus, que nos vincule à sua Paz: “Jesus Manso e Humilde de Coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso”, e assim, convido a você pisar o chão desta vida sem medo, mas com ousadia, pois Deus pela força do seu Espírito que é Santo providenciará caminhos.
Com carinho e benção,
Pe. Rodrigo Silva Pereira
Diocese de Osasco/SP