Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, mais conhecido como Frei Galvão, é um dos santos mais queridos do Brasil, sendo celebrado por sua vida dedicada à fé, à caridade e à construção de obras de misericórdia. Nascido em 10 de maio de 1739 na Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, no estado de São Paulo, Frei Galvão cresceu em uma família nobre e religiosa.

Aos 13 anos, Frei Galvão foi enviado ao Colégio de Belém, na Bahia, um seminário jesuíta onde estudou ciências humanas e se destacou em áreas como construção civil e teologia. Em 1760, Frei Galvão entrou para o convento franciscano de Macacu, no Rio de Janeiro, e fez sua profissão religiosa em 1761, adotando o nome Frei Antônio de Sant’Anna Galvão.

Mais adiante, Frei Galvão foi transferido para o Convento de São Francisco, em São Paulo, onde se destacou como confessor e pregador. Entre suas muitas contribuições, uma das mais importantes foi a fundação do Recolhimento Nossa Senhora da Luz, em 1774, atendendo a um pedido da freira Helena Maria do Espírito Santo e que ele julgava ser um chamado de Jesus. Mesmo enfrentando muita resistência política com a construção do mosteiro, Frei Galvão perseverou, com o apoio do povo e das irmãs, e conseguiu manter a obra, que se tornaria um importante marco religioso na cidade.

Frei Galvão era reconhecido não apenas por sua habilidade como construtor, mas também por sua vida de oração intensa e caridade. Relatos de sua vida incluem vários fenômenos místicos, como bilocação, levitação e o dom da cura. Uma das inovações mais conhecidas de Frei Galvão são as famosas pílulas que surgiram quando, impossibilitado de visitar um doente, ele escreveu uma oração em um pequeno papel a enrolou transformando-a em uma pílula. O homem foi curado e, com o tempo, as pílulas passaram a ser procuradas por muitas pessoas e são distribuídas até hoje.

Morte e canonização

Frei Galvão faleceu em 23 de dezembro de 1822 no Mosteiro da Luz, que ele mesmo ajudou a construir, local onde também foi sepultado. Devido sua fama seu túmulo é hoje um local de peregrinação. Em 1998, foi beatificado pelo Papa João Paulo II, e em 2007, foi canonizado pelo Papa Bento XVI, tornando-se o primeiro santo brasileiro. Hoje, é celebrado como o padroeiro dos engenheiros, arquitetos, construtores e mulheres em trabalho de parto, além de ser reverenciado como um homem de paz e caridade.

Sua festa litúrgica é comemorada no dia 25 de outubro, em lembrança à sua beatificação.