Neuza Manca de Souza mora na cidade de Leopoldina/MG, lugar onde participou pela primeira vez do Grupo de Oração Alegria do Senhor. Foi ali que ela pôde interagir com pessoas, as quais percebeu uma alegria diferente que a atraiu e a fez querer conhecer melhor a RCC. Ela conta como conseguiu vencer o vício das telenovelas e hoje pode pastorear um Grupo de Oração, além de coordenar o Ministério de Comunicação Social na diocese. Para ela, o Grupo de Oração representou uma transformação total na sua vida.

Leia o testemunho de Neuza:

“Durante muito tempo eu vinha lutando com o vício de novelas. De origem humilde, passei minha adolescência e parte da juventude lendo fotonovelas, única opção de diversão nos poucos momentos de lazer, entre um turno e outro da fábrica de tecidos, onde trabalhei por seis anos. Quando chegou a primeira televisão em minha casa, tudo aquilo que eu via em imagens mortas nas revistas, podia ver e ouvir como se estivesse no cinema. Me apaixonei pelas novelas!

Na confecção que eu trabalhava, sempre ouvia dizer do Grupo de Oração Alegria do Senhor, da Comunidade Nossa Senhora Aparecida, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Leopoldina na época, ano de 1987/ 1988. Então minha irmã Clélia, que na época, morava em Ubá/MG, cidade onde conheceu a RCC por um Grupo de Oração, veio passar uns dias em Leopoldina na casa de minha mãe, e me convidou para ir com ela de companhia.

Tive que insistir muito com meu esposo que era Alcoólatra, e controlava minhas saídas. Mas, fui àquela noite e gostei muito, a Capela estava lotada, fiquei nos bancos de trás, mas gostei muito de ver as pessoas cantando com alegria, muitas palmas, pois a minha paróquia era outra e bem diferente. Fui muito bem acolhida!

A alegria e a firmeza da pessoa que conduzia me conquistou, era a Dona Tereza de Jesus. Sempre que eu posso, eu digo pra ela que naquele dia eu disse pra mim mesma: ‘Quero ser que nem esta Mulher!’ Então ela me abraça e me diz: ‘Você já foi muito além de mim!’.

Como eu não tinha muita liberdade para sair e trabalhava muito, deixei aquela confecção no início de 1988 e em setembro de 1989 estava em outra mais próxima de casa, onde fiquei até final de 1991. Durante este tempo, vez ou outra eu participava do Grupo de Oração. Minha irmã se mudou para Leopoldina e ia me acompanhando de perto, foram surgindo outros Grupos na cidade.

Uma noite de domingo, recebi uma visita inesperada, era uma serva do Grupo que minha irmã servia (até hoje não sei se foi combinado delas), mas meu esposo estava em casa, aconteceu umas duas horas de partilha, pra resumir, na segunda feira estava a família inteira no Grupo de Oração Bodas de Caná, na catedral São Sebastião. Ali começou o processo, quando num Seminário de Vida no Espírito Santo, eu me decidi a perdoar o meu esposo por tudo de negativo que ele tinha contribuído na minha vida.   

Dia 1º de Maio de 1993 ele faleceu e ao lado do seu caixão eu fui convidada a servir no Grupo de Oração Sagrada Família, que já existia na Paróquia São José, onde eu residia naquela época.

Na noite de 14 de setembro 2013, ainda assisti o capítulo da novela, antes de viajar para o Encontro Regional de Ministérios que aconteceu na cidade de Visconde do Rio Branco/MG. Durante uma das pregações do coordenador estadual Cristiano Costa, no momento de oração eu me comprometi a renunciar a novelas. Quando cheguei em casa, iniciei um mês de jejum de televisão. Simplesmente não ligava a TV. Fui fiel e pela graça de Deus, e quando ligo a TV hoje não é mais para ver novelas.

Vejo o Grupo de Oração como um instrumento de mudança de vida, união das famílias e transformação. Gosto pela Oração, pela Palavra de Deus e um desejo enorme que todas as pessoas experimentem, pois é o próprio Deus nos conduzindo. Para mim Neuza, o Grupo de Oração foi uma máquina de perdão e amor”.