Desde o princípio, conforme nos relata a Sagrada Escritura no livro do Gênesis, Deus criou o homem e logo viu que o mesmo precisava de alguém para fazer-lhe companhia, ai então criou a mulher para estar ao seu lado. O homem assumiu ao longo da história da humanidade o papel de cuidar e zelar da sua casa e família, principalmente, na questão da subsistência ordinária. O homem também foi assumindo certa participação na santificação da mulher, ou seja, encaminhando-a num processo gradual de aproximação ao caráter divino e oportunizando-lhe condições de afastar-se do pecado (ruptura com a graça de Deus).
Sabemos quantas barreiras ao longo da evolução cronológica da espécie humana foram superadas e o quanto o papel assumido pelo homem foi primordial para que muitas mulheres experimentassem a graça de Deus. Encontramos uma bela motivação no livro de Tobias 8, 4: “Então, Tobias encorajou a jovem com esta palavras: ‘Levanta-te, Sara, e roguemos a Deus, hoje, amanhã e depois de amanhã…’”, que nos remete e permite ampliar nossa percepção acerca de uma necessidade urgente que nós homens precisamos nos apropriar: ter a ousadia de convidar, convocar as diversas “Saras” que se encontram arrefecidas, com o coração triste, semblante abatido, olhares distantes e com ausência daquele brilho a se aproximarem do Deus Altíssimo, Aquele que tudo pode mudar e renovar.
Refletindo sobre como os homens podem levar as mulheres para o céu, percebo que precisamos urgentemente redescobrir o autêntico valor da masculinidade, afim de que o homem possa também cumprir bem o seu papel como fez São Louis Martin com a pequena Santa Teresa de Lisieux, mais conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus, Doutora da Igreja, que educou os filhos para serem bons cristãos e bons cidadãos. Faz-se necessário observar atentamente o que nos alerta o Papa João Paulo II na Exortação Apostólica Familiares Consortio (22 de novembro de 1981), n. 25 acerca das arbitrariedades que cometemos: abusos masculinos que humilham a mulher e inibem o desenvolvimento de relações familiares sadias.
Há um chamado particular a cada homem para participar do processo de santificação das mulheres, no cotidiano tantas ações podem colaborar na mudança de vida das mulheres, como por exemplo: a partir de atitudes de amor, de respeito vividas por nós homens no tratamento para com os nossos semelhantes.
Dentro da minha família procuro viver ao máximo a prática do respeito à dignidade humana e moral da minha querida esposa Sandra, noto que desde as pequenas atitudes até às grandes, a presença de Nosso Senhor vai se intensificando na vida dela e dos nossos 03 lindos filhos: Pedro Henrique, Ana Júlia e Miguel Luís. Somos casados há 17 anos e desde o primeiro dia sempre renovamos as promessas que fizemos perante uma comunidade que celebrava conosco o nosso enlace matrimonial junto à Igreja.
Por fim, inegavelmente posso asseverar que nós homens precisamos ser santos e cada vez mais próximos de Deus assim como as mulheres precisam ser cada vez mais santas e próximas de Deus a fim de que possamos sim viver o esplendor da glória de Nosso Senhor por todos os dias.
Valdo Braga Landim
Coordenador Nacional do Ministério para as Famílias