Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas para as montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança exultou em seu seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”. E Maria disse: “Minha alma engrandece ao Senhor e meu espírito exulta em Deus, meu Salvador” (Lc 1, 39-42; 46-47).
Foi às pressas
Por uma espécie de impulso interior, a Virgem Maria foi às pressas visitar sua prima Isabel. Poderiam ser muitos os motivos que levaram a Virgem Maria a fazer esta viagem: o desejo de ajudar sua prima Isabel, sabendo que esperava um filho, apesar da sua velhice; ou o desejo de comunicar-lhe o que havia acontecido com ela, uma vez que, entre as mulheres “visitadas” pelo anjo era mais fácil se entender. Com a sua ida “às pressas”, Maria revela-se uma mulher missionária (levar e partilhar a alegria do anúncio) e uma mulher caridosa (colocar-se a serviço da sua prima já idosa). Mas nada impede de pensar de que ela também tinha o “santo desejo” de ir ver o que o Anjo lhe havia anunciado: “Eis que Isabel, tua parenta, também concebeu um filho na sua velhice; aquela que era chamada estéril, já está no sexto mês, porque a Deus nada é impossível” (Lc 1,36-37). No fundo, também os pastores foram às pressas para ver “o sinal” que os anjos lhes haviam anunciado na noite de Natal: “Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em panos, deitado numa manjedoura” (Lc 2,12). Isto confirma que Maria jamais subestimava os “sinais” de Deus.
Encontro entre duas mães
A passagem evangélica une os dois “anúncios”: a Isabel e a Maria, duas mulheres e duas promessas. Logo que ouviu a saudação de Maria, a criança “estremeceu” no seio de Isabel. O Messias Jesus, ainda nascituro no ventre de mãe Maria, encontra o precursor, o profeta também nascituro no seio de mãe Isabel; ao reconhecê-lo, exultou de alegria, como aconteceu com Davi, que dançou diante da arca pela presença do Senhor (cf. 2Sm 6,12-16).
Do louvor ao serviço
O Magnificat, hino de louvor, que narra a reviravolta da lógica humana, onde os últimos serão os primeiros, não fica letra morta, mas se torna vida no serviço.
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Fonte: Vatican News