Amados irmãos, ao nos aproximarmos do final de mais um Ano Litúrgico com a Solenidade de Cristo Rei, somos convidados a refletir que em todos os tempos que a Igreja nos oferece, seja Advento, Tempo Comum, Quaresma e Páscoa, é o próprio Senhor que se aproxima de cada fiel batizado convidando-o a adentrar de forma mais intensa nos Mistérios da nossa Salvação: a Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor. O Senhor nos convida a viver com Ele ao longo do Ano Litúrgico tudo o que seus discípulos experienciaram há dois séculos atrás… E isso é poderoso! “…Dia após dia, a Liturgia vai nos transformando interiormente em templos santos do Senhor e morada espiritual de Deus, até a plenitude de Cristo…” (Sacrosanctum Concilium, nº 2).

Mas o que é Liturgia? De acordo com a Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia, art. 7, “A Liturgia é uma ação sagrada, com ritos, na Igreja e pela Igreja, pela qual se realiza e se prolonga a obra sacerdotal de Cristo, para a santificação dos homens e a glorificação de Deus”. Tomando esse conceito, podemos dizer que viver de forma litúrgica seria viver de forma sagrada o que celebramos nos ritos sacramentais, pois na liturgia, Deus vem ao nosso encontro com suas bênçãos e nós vamos a Ele, em movimentos de súplica e de ação de graças. Deus vem a nós para nos servir e nós vamos a Ele, em comunidade, para o louvar, para o adorar como Senhor e Salvador, pois “Na liturgia, toda a oração cristã encontra a sua fonte e o seu termo” (CIC 1073). Contudo, “A participação na sagrada Liturgia não esgota, todavia, a vida espiritual. O cristão, chamado a rezar em comum, deve entrar também no seu quarto para rezar a sós ao Pai, segundo ensina o Apóstolo, deve rezar sem cessar (Sacrosanctum Concilium, nº 12). Irmãos, compreendamos que nossa oração pessoal, nossas práticas espirituais e devocionais devem ser um prolongamento da liturgia celebrada; devem ancorar-se na vida sacramental e em todas as solenidades que a Igreja nos oferece durante o ano litúrgico, tornando nossa vida de oração uma profunda união esponsal com o Amado de nossas almas pelo mistério de sua Paixão, Morte e Ressurreição.

Em suma, a vivência de nossa espiritualidade não deve acontecer à margem da vida litúrgica da Igreja, mas pelo contrário, nosso relacionamento com o Senhor se robustece e se estreita mais e mais a partir do momento que passamos a rezar os santos mistérios da nossa salvação que são celebrados ao longo de todo o ano litúrgico. Podemos, então, afirmar que o ano litúrgico da Igreja nos leva à comunhão com o Senhor, fazendo-nos experimentar graças celestiais de forma antecipada. Ou seja, cada um de nós é transfigurado no Ressuscitado, e nEle nos fortalecemos para vivermos nossa vida ordinária e para sermos arautos da boa nova aos irmãos. O itinerário que cada ano litúrgico nos apresenta é para nós um caminho de redenção onde nossa vida cotidiana se mistura com a vida de Nosso Senhor em seus desafios, tentações e sofrimentos. Como servos ministeriados na intercessão, ao celebrarmos durante todo o ano litúrgico os mistérios da Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor, poderemos nos unir ao Sumo e Eterno Sacerdote para oferecer sacrifícios, fazer “preces, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens” (I Tm 2,1) e, a partir dos textos da Sagrada Escritura proclamados e rezados por nós, poderemos ouvir o Senhor, ora exortando, ora consolando, ora nos ensinando. Será a liturgia celebrada e vivida no ordinário de nossas vidas de filhos e de servos.

Eis um versículo de extrema significância no que concerne à importância dos ritos como vias de conversão, santificação e cura para nós: “Naamã desceu ao Jordão e banhou-se ali sete vezes, como lhe ordenara o homem de Deus e sua carne tornou-se tenra como a de uma criança” (II Reis, 5, 14). Nesse trecho, vemos Naamã realizando uma ação, vivenciando um rito com bastante disciplina não por uma, nem duas, nem três vezes, mas por sete vezes. O número sete em sentido bíblico nos remete à perfeição, à completude, ou seja, Naamã foi abençoado integralmente e não somente com a cura de seu corpo doente! As consequências da vivência do rito foram tremendas em seu favor, pois Naamã passou a reconhecer o Deus de Eliseu (o homem de Deus) como o Deus único e verdadeiro, ao ponto de querer levar um pouco da terra daquele lugar para seu país a fim de adorar o Deus que o curou. Aleluia! E o que nos aponta o texto? Que somos abundantemente abençoados à medida que vivemos a liturgia em seus mistérios salvíficos por meio de seus ritos e celebrações!

‘Ide em paz e o Senhor vos acompanhe! Graças a Deus’. Essas são as últimas palavras do Sacerdote e dos fiéis ao término de cada Santa Missa, ou seja, o Senhor seguirá conosco e nós seguiremos com Ele, mas seguiremos não de qualquer maneira, mas dando Graças a Deus, louvando-O, bendizendo-O no cotidiano da vida, fazendo de nossa vida uma verdadeira liturgia. Amados irmãos intercessores, eis o convite do Senhor para esses tempos: liturgia na vida e vida na liturgia!

 

Eloisa Elena Noé

Grupo de Oração Santa Terezinha

Ubá (MG)

 

 

 

INTENÇÕES PERMANENTES

1. Pela Santa Igreja, pelo Santo Padre, o Papa Francisco, pelos Bispos, pelos Sacerdotes, Diáconos, Religiosos (as) e pelos Seminaristas;

2. Por todas as vocações, para que o chamado de Deus seja assumido com amor e fidelidade;

3. Pelos membros do Serviço Internacional para a Renovação Carismática Católica –

CHARIS;

4. Pelos membros do Serviço Nacional de Comunhão do CHARIS;

5. Pelo Presidente do Conselho Nacional, Vinícius Simões e sua família, e todos os membros do Conselho Nacional;

6. Pelas reuniões dos Conselhos Estaduais e Diocesanos;

7. Por todos os Grupos de Oração do Brasil;

8. Por todos os Ministérios da RCC em nível nacional, estadual, diocesano e de Grupo de Oração;

9. Pelas necessidades espirituais e financeiras dos escritórios diocesanos, estaduais e nacional da RCC;

10. Pela construção da Sede Nacional da RCC do Brasil e pelos seus colaboradores;

11. Pelos eventos de evangelização da RCC no Brasil;

12. Pela situação política, econômica e moral em nosso País;

13. Para que cesse a violência no Brasil e no mundo;

14. Pela libertação e paz do povo Venezuelano;

15. Pela erradicação dos vírus causadores da Covid, Febre Amarela, Dengue, Zika e Chikungunya.

 

INTENÇÕES DO MÊS

– Oremos para que cesse a guerra entre a Rússia e a Ucrânia;

– Pelo RENASEM – Encontro Nacional – Ministério para Seminaristas, de 09 a 13 de janeiro, em Foz do Iguaçu – PR;

– Pela Escola Nacional de Formação de Líderes e Missionários, de 14 a 24 de janeiro de 2023, São José dos Campos – SP;

– Pelo ENF – Encontro Nacional de Formação, de 25 a 29 de janeiro de 2023, em Aparecida- SP.