No ato da criação, Deus viu que tudo era bom, então no seu poder sempiterno, criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. Ao homem e à mulher, criados pelo amor que as Pessoas da Santíssima Trindade se nutrem, deu a graça da serem copartícipes da criação. Concedeu-lhes a condição de continuadores do Seu poder de gerar vida. À mulher coube a nobilíssima função de carregar em si a vida de um novo ser. Em seu ventre, mantido e nutrido por suas próprias seivas, a mulher completa e acolhe a vontade de Deus. Permite materializar-se em suas entranhas, o fruto do amor do casal.
Deus estabeleceu na ordem natural da vida o nascimento, o abrir os olhos no mundo, esta obra poderia ser feita de imediato, num ato de frações de segundos, mas quis Deus um desenvolvimento escondido, uma gestação, como a semente na terra, que espera o tempo do rompimento do broto novo, um ser vivo e visível, que experimentaria a vida transformada, num novo habitat. O mundo se amplia, sai dos limites do útero, mas o laço com a mãe será eterno. Nem mesmo a morte pode separar um filho de um mãe. Os dois corações, que por meses compartilham as mesmas emoções continuarão unidos. Quando o coração do filho sofre, retumba no coração da mãe, porque a ela Deus deu a graça de sentir uma centelha do que Ele mesmo sente por nós, seus filhos.
A mãe tem a missão de embalar o novo ser, de cantar para ele, de contar histórias, de dizer “não” quando houver perigo, e aplaudir para o bem realizado. A mãe é a companheira de viagem, pelo menos, até que ver criados os filhos, dos filhos dos filhos. Ganha, além da graça da maternidade, a da voternidade. É mãe por mais vezes, não pelo ventre, mas pelo coração.
Assim planejou Deus. Algumas vezes o homem e a mulher atrapalharam e atrapalham tais planos. Muitas vezes há o desajuste, o tempo rompido, as metas desencontradas… Mas, a maternidade nunca será algo apenas “animal”, um ato de reprodução desenfreada… Ser mãe é compartilhar o Dom de Deus de gerar e amar a vida.
O amor de mãe não se deixa vencer, é o mais próximo do amor de Deus, do revelado por São Paulo no capítulo 13 de I Coríntios, um amor que é paciente e bom, que tudo espera, que tudo suporta, que não guarda rancor, que não busca os interesses próprios.
Neste dia das mães, assim como em todos os dias, desejamos que este capítulo que agora chamo a expressão materna do amor de Deus, seja vivido por filhos, filhas e mães e possamos ver um nos outros a face amorosa de Deus.
Neste segundo domingo de maio, às mães e suas famílias feliz convivência e partilha do amor!
Maria Ivone Ferreira Ranieri
Grupo de Oração Nossa Senhora da Paz – Arquidiocese de Londrina (PR)
Presidente Estadual da RCC Paraná