O Ministério de Teatro e Dança Raízes de Jessé, pertencente ao Grupo de Oração Raízes de Jessé, de Manaus/AM, realizou ação no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (COMPAJ), de Manaus, a pedido da assistente social do local. A ação foi idealizada através de contato com o professor de capoeira e membro do ministério, José Vida. Para os membros do ministério, o sim a esta atividade seria uma oportunidade de evangelizar e irradiar a Cultura de Pentecostes dentro da penitenciária.
Acompanhe o testemunho de José Vidal e mais alguns membros do Ministério, que encenaram uma peça teatral sobre o amor misericordioso do Senhor.
Nós, do Ministério de Teatro e Dança Raízes de Jessé, recebemos o desafio de ir até o complexo penitenciário passar um pouco do amor misericordioso de Nosso Senhor Jesus Cristo àquelas pessoas, que muitas vezes são excluídas da sociedade e passam anos de suas vidas aprisionados entre grades nas penitenciarias do nosso país.
Tão logo começamos nossa encenação, era notável que muitos detentos identificavam-se com alguns personagens da peça, o que os levou a uma profunda reflexão sobre o amor misericordioso de Deus que nos tira da pior de todas as prisões, o pecado. Os próprios detentos iam louvando a Deus e se emocionando.
Na mesma oportunidade, eles também puderam nos mostrar um pouco do seu lado de atores, nos apresentando um lindo trabalho sobre a Paixão de Cristo, que nos comoveu profundamente. Cada um de nós sentia muito forte a presença de Deus, e alguns testemunharam os momentos lá vividos. Nossa fotógrafa, Leidy Amaral, encarou a visita como uma mudança de visão com relação aos encarcerados. “Eles também tem talentos guardados dentro deles que precisam ser mostrados e valorizados. Eles também são pessoas, são vidas. Precisam e merecem uma chance na sociedade”, disse ela após a encenação feita pelos detentos.
Para o coordenador do Grupo de Oração Raízes de Jessé, Alex Sampaio, “a visita levou à uma saída da zona de conforto, a um enfrentar de medos e preconceitos e ir aonde Deus quer enviar. Deus retira de nós todo e qualquer medo e nos capacita a irmos além do que os olhos podem ver”. Ele conta também que descobriu nessa missão que existem prisões piores que aquelas que nos trancam entre quatro paredes. “A pior prisão é a cegueira ocasionada pelo pecado, e quando nos libertamos dessa prisão, tudo ao nosso redor, independente de onde estivermos, passa a ter muito mais sentido e valor”, explica.
“Como foi maravilhosa a presença do Espírito Santo em todo canto do presídio. O sim que dei para essa missão foi além das minhas expectativas. O medo que eu tinha no começo, por se tratar de um presídio, desapareceu quando minha única certeza era a de estar levando a Palavra, o amor verdadeiro de Deus para aqueles que não a conheciam”, disse Silmara Santos, coordenadora do Ministério de Teatro e Dança Raízes de Jessé.
Silmara ainda completa: “Foi maravilhoso poder compartilhar de um único Deus, de poder sentir a presença de Maria intercedendo por nós e por todos”. Finalizando, ela comentou com relação a atitude dos presidiários em receberem aquele momento. “Eles estão lá buscando uma nova vida, um novo sentido de viver, estão soltando as algemas, tirando as vendas da vida passada, começam a crer em um só Deus e nas maravilhas que Ele é capaz de fazer por cada um de nós”.