Eloisa Paveukiewicz passou um ano na Missão Marajó e hoje está cuidando da parte administrativa do Projeto Anjo da Guarda. Leia o seu testemunho no qual partilha sobre o tempo que passou na missão, na cidade de Breves, na Ilha do Marajó.
“Uma das alegrias da missão: as crianças. Durante todo o ano em que estava na missão, tive um contato direto e muito próximo com muitas crianças. Isso devido à grande quantidade de crianças em Breves, especialmente na comunidade de São José Operário, e, também, porque vimos a importância de se trabalhar com elas.
Vemos nos pequeninos o início da mudança. Acreditamos e apostamos na superação de tantas coisas (violência, comodismo, desvalorização da família), através das crianças. Por isso, nasceu o Projeto Anjo da Guarda, através do qual pretendemos trabalhar o desenvolvimento humano nas crianças, mostrar a elas que o mundo pode ser melhor do que esse em que a maioria delas vive em suas casas (mundo da bebida, da violência, da desunião). Através desse projeto estamos tentando também atingir as famílias, levando a elas informações com palestras e formações.
Aprendi durante esse ‘um ano’ de experiência em Breves que é necessário fazer um evento paralelo para crianças, sempre que tiver um evento para adultos. Muitas vezes, o público infantil é muito maior que o adulto. As crianças são alegria para nós na missão, pois elas nos trazem vida, nos trazem sorrisos e abraços sempre muito carinhosos.
Atividades
Enquanto estive lá trabalhamos, também com a juventude. Formando jovens a partir da identidade da RCC. Formamos um grupo de intercessão jovem. Com o tempo, cremos que deverá iniciar o Grupo de Oração jovem*. Fizemos um retiro para jovens no início do ano de 2009, do qual vimos render alguns frutos: jovens que hoje atuam na RCC e que buscam na Palavra e na Eucaristia viver aquilo que Deus pede para cada um deles.
Um chamado com ensinamentos para toda vida
Para mim, esse ano de missão foi de transformações, em muitos aspectos. Muitos paradigmas foram quebrados, muitas futilidades caíram por terra. Costumo dizer que ‘aprendi a viver’ no Marajó, porque percebi como nós precisamos de pouco para viver, assim como esse povo precisa de pouco. Aprendi o quanto precisamos aprender a valorizar mais o que deve ser valorizado: o que temos, nossa família, nossos sentimentos…
Fazer parte deste primeiro ano de missão foi um início de vida. A experiência da missão é apaixonante, pois através dela conhecemos a nós mesmos, temos a oportunidade de nos aproximarmos de Deus e podemos trabalhar diretamente na Igreja de Jesus.
Deus cuida, providencia e nos dá muito mais do que aquilo que deixamos em nossas cidades. Ganhamos muitos amigos, muitas mães e pais, e vivemos em abundância.”
*O Grupo de Oração Jovem já iniciou as suas atividades na comunidade.
Fonte: Revista Renovação, edição nº 56 (maio/junho de 2009).