Nadia Eweida e Shirley Chaplin foram despedidas de seus empregos por se recusarem a tirar os crucifixos durante o período de trabalho. As duas decidiram apresentar queixa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, alegando serem vítimas de discriminação religiosa.
Nadia, cristã copta de origem egípcia, trabalhava para a empresa aérea British Airways e usava uma cruz no pescoço, a qual recusou ocultar quando foi solicitada pela empresa. Acabou despedida. Shirley, por sua vez, enfermeira de profissão, foi afastada do seu cargo após ter recusado também a tirar a cruz do pescoço, que sempre usara.
Ambas apresentaram queixa por discriminação religiosa. Nadia Ewida diz estar determinada a levar esta luta até às últimas consequências.
“Não vou ocultar a minha crença em Jesus. A British Airways permite às muçulmanas o uso de um lenço, aos sikh usarem turbante e outros símbolos religiosos”, disse. “Só aos cristãos se proíbe exprimir a sua fé. Sou uma funcionária fiel e consciente da British Airways, mas defendo os direitos dos cidadãos”, acrescentou Eweida.
Um porta-voz da transportadora confirmou o caso, mas não entrou em detalhes. Em síntese, a posição da companhia aérea britânica é que os seus funcionários podem usar joalharia, incluindo símbolos religiosos, mas apenas se usados sob o uniforme, pelo que não se trata de uma “proibição”.
O governo de David Cameron deverá, ao que parece, apoiar a decisão das entidades empregadoras – British Airways e Serviço Nacional de Saúde – junto do Tribunal Europeu, apesar do protesto da Igreja Anglicana que afirma estar perante um ataque à fé cristã.
Fonte: Ajuda à Igreja que Sofre