A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do “Cristo todo” no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’, de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (cân. 944), que determina ao Bispo diocesano que a providencie, onde for possível, “para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo.”

Que possamos como católicos, que crêem na presença real de Jesus Cristo na Hóstia Consagrada, vivermos intensamente nossa fé, com manifestações públicas, seja na confecção dos tradicionais tapetes de Corpus Christi nas nossas cidades, promovendo a adoração eucarística nas igrejas, também no zelo pela comunhão que fazemos, participando de forma ativa e consciente das Santas Missas.  

Precisamos estar atentos a como Jesus na Hóstia Consagrada está sendo tratado pelos  católicos e até por membros de outras denominações. Há, infelizmente, relatos que causam “preocupação”, de pessoas indo às igrejas para furtar o Corpo de Deus, num verdadeiro desrespeito, numa profanação ao Corpo de Deus.

A nossa fé, enquanto cristãos católicos, precisa ser vista. Se esses, que ao cometer absurdos provam crer na presença real de Jesus na Hóstia Santa, ou seja, são fiéis também da presença real de Jesus naquele pedaço de pão, por que nós não demonstramos a nossa fé ao ir às Santas Missas frequentemente, ao adorar Jesus nos Tabernáculos das igrejas de todo mundo, ao termos o zelo pela comunhão que fazemos com o Corpo de Jesus?

Neste ano, a solenidade de Corpus Christi precisa ser vivida de forma mais fervorosa e pública. Não é apenas um apelo, mas, uma convocação a toda Igreja: adoremos a Jesus na Hóstia Consagrada, dando a Ele a devida reverência e culto, pois cremos que a nossa fé não está na hóstia/pão antes da missa, mas no Corpo de Deus, que por misericórdia e amor a cada um de nós, se submete a estar presente ali naquele pedaço de pão depois das palavras de um pobre homem durante a Santa Missa, do sacerdote, escolhido por Deus, que também é Cristo naquele momento.  

 

Padre Anderson Marçal

Missionário da Comunidade Canção Nova.