Neste momento, vamos retornar à Festa do Jubileu de Ouro com o Santo Padre em Roma, na Vigília de Pentecostes, quando o Papa Francisco enfocou a necessidade da vivência da caridade fraterna pela Renovação Carismática Católica, “uma corrente de graça do Espírito com várias expressões, obras humanas inspiradas pelo Espírito, com vários carismas, todas ao serviço da Igreja” (cf. Discurso do Papa Francisco, Vigília de Pentecostes 2017, em Roma, § 11).

Em seu discurso o Papa citou a Palavra de Deus, para ressaltar a necessidade de exercitar a partilha de bens: “Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e os seus bens, e dividiam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um. Vendiam: ajudavam os pobres. Havia alguns espertos — pensemos em Ananias e Safira, há sempre — mas todos crentes, a maioria, ajudavam-se uns aos outros. Unidos de coração frequentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia lhes ajuntava outros que estavam a caminho da salvação” (At 2, 44-47) – (Grifamos).

Tudo que temos vem de Deus, menos o pecado.

Somos meros administradores dos bens que recebemos por graça para atender nossas necessidades. Deus nos dá o necessário à vida, porém, alguns recebem muito além do necessário, devendo haver uma sensibilização entre nós que este além não é para ser acumulado. O talento não é para ser enterrado, é para o exercício da partilha com aqueles que estão passando por penúria, sendo o amor afetivo e efetivo convertido em obras de misericórdia. Se com generosidade partilharmos, não haverá necessitados entre nós, em nossos Grupos de Oração.

O excesso que tenho pertence ao irmão que nada tem.

“O terceiro documento de Malines, ‘Renovação Carismática e Serviço ao Homem’, escrito pelo cardeal Suenens e pelo bispo Hélder Câmara, é claro: renovação carismática é também serviço ao homem“ (§ 20, do mencionado Discurso do Papa Francisco).

Segundo o Santo Padre, três coisas estão ligadas de forma indissolúvel na Renovação Carismática Católica: Batismo no Espírito Santo, louvor, serviço ao homem. Posso dar louvor profundamente, mas se eu não ajudar os mais necessitados, não é o suficiente. “Não havia entre eles necessitado algum” (At 4, 34) – (Cf. § 21, do dito Discurso).

Prosseguindo a reflexão, o Santo Padre ressalta que não seremos julgados pelo nosso louvor, mas por quanto fizemos por Jesus ao necessitado. “Mas Senhor, quando foi que fizemos isto por ti? Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (cf. Mt 25, 39-40) – (Cf. § 21, do aludido Discurso).

Daí, precisamos compartilhar com todos na Igreja o Batismo no Espírito Santo, o louvor ao Senhor sem cessar, caminhar juntamente com os cristãos de diversas Igrejas e comunidades cristãs na oração e na ação para com os mais necessitados. Servir os mais pobres e os enfermos, eis o que a Igreja e o Papa esperam de nós, Renovação Carismática Católica! (Cf. Discurso do Santo Padre, in fine).

 

Marizete Martins Nunes do Nascimento

Grupo de Oração Vinde e Vede – COMVIVE, Goiânia-GO

Coordenadora Nacional do Ministério de Oração por Cura e Libertação

Presidente da Associação Servos de Deus em Goiânia-GO