“Ainda que pai e mãe me abandonem, o Senhor me acolhe”. Este é o amparo e força do Salmo 27, proteção em que Nhá Chica acreditou e semeou ao longo de sua santa vida, que acaba de ser reconhecida pela Santa Sé como beata, a primeira mulher leiga do Brasil a receber tal honraria.

Órfã com apenas 10 anos, viveu em Baependi, Minas Gerais, tendo como sua protetora Nossa Senhora, da qual chamava carinhosamente de “Minha Sinhá”. Venerável por suas ações, Nhã Chica viveu como leiga consagrada, não ordenando-se como religiosa, mas dedicando-se às orações e a vida de celibato. Mansa e humilde de coração, aconselhava a todos que a procuravam. Ainda em vida era considerada por essas pessoas como “santa”.

Nhá Chica era analfabeta, mas desejava ler as Escrituras Sagradas. E, se alguém as lia para ela, a fazia feliz. Ela construiu ao lado de sua casa uma pequena Igreja que, mais tarde, foi designada à Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor. Ao lado dessa Igreja se deu inicio uma obra de assistência social para crianças necessitadas, hoje a “Associação Beneficente Nhá Chica” (ABNC), que acolhe mais de 160 crianças.

Ela faleceu no dia 14 de junho de 1895. Afirma-se que, durante seu sepultamento e em 1998, quando Autoridades Eclesiásticas e membros do Tribunal Eclesiástico pela Causa de sua Beatificação estiveram na capela construída por ela, pode-se sentir um misterioso perfume de rosas.

A data da cerimônia de sua beatificação ainda será marcada.

Que sua vida e obra, na busca pela santidade, semeando a Igreja como uma pessoa do mundo e no cuidado com os pequeninos, sejam exemplo no Brasil e no mundo.

Fonte: Ajuda à Igreja que Sofre

 

 



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