No próximo dia 4 de agosto, recordaremos os 150 anos da morte de São João Maria Vianney, o famoso sacerdote francês, patrono dos párocos, que ficou mundialmente conhecido como o “Santo Cura D’Ars”.

Em uma época em que a França e toda Europa era um celeiro de escritores, poetas, artistas, filósofos, políticos e guerreiros, o “pobre Cura” como chamou Pio XI ao canonizá-lo, em Pentecostes de 1925, era um humilde e desconhecido sacerdote que vivia em um pequeno e insignificante vilarejo da França, que no seminário jamais se destacara pela inteligência, tornou-se logo uma viva chama de eloquência evangélica e de caridade pastoral, polarizando a tensão daquele mundo iluminista brilhante e famoso, impressionando e atraindo reis e imperadores. Depois de quatro anos de sua chegada a Ars, se exclamava: “Ars não e mais a mesma!”.

O Papa João XXIII escreveu e dedicou uma de suas Encíclicas a ele em 1959, relembrando os traços da santidade do Cura D’Ars.
Nosso amado João Paulo II, por ocasião do II centenário do seu nascimento, dedicou a sua tradicional carta aos sacerdotes por ocasião da 5ª feira Santa a ele. Corria o Ano de 1986. Nesse mesmo ano, João de Deus foi peregrino a Ars. Entre tantas coisas, ele disse: “O exemplo de São João Maria Vianney continua a dar coragem aos sacerdotes do mundo inteiro”.

Bento XVI, na fiel escuta ao Espírito, conseguiu perceber o momento delicado que os sacerdotes vivem no mundo de hoje. Há um combate e um ódio claro contra os padres nos dias de hoje. Como dizia o Cura D’Ars: “Quem quiser destruir a igreja, tocara primeiro os padres”.

Em audiência com a Congregação do Clero, o Papa Bento anunciou a sua decisão em proclamar um especial “Ano Sacerdotal” que começou no dia  19 de junho e vai até  19 de junho de 2010. O objetivo do Papa esta “em vista de favorecer esta tensão dos sacerdotes para a perfeição espiritual da qual depende a eficácia do seu ministério”.

Não temos dúvida que foi a figura sempre atual do Cura D’Ars que incentivou o Santo Padre a tal decisão. O cardeal brasileiro Dom Claudio Hummes, atual prefeito da Congregação para o Clero, escrevendo aos sacerdotes por esta ocasião, indicava um caminho concreto: “Este ano seja também ocasião para um período de intenso aprofundamento de identidade sacerdotal, de teologia do sacerdócio católico e do sentido extraordinário da vocação e da missão dos sacerdotes na igreja e na sociedade. Isto exigira congressos de estudo, jornadas de reflexão, exercícios espirituais específicos, conferencias e semanas teológicas em nossas faculdades eclesiásticas, pesquisas cientificas e respectivas publicações”.

Em outra ocasião, durante uma entrevista, o mesmo cardeal dizia as razões do Santo Padre ao convocar este ano: “O motivo fundamental é que o Papa quer dar aos sacerdotes uma importância especial e dizer quanto os ama, quanto os quer ajudar a viver com alegria e com fervor sua vocação e missão”.

Dom Roberto, nosso bispo auxiliar de Niterói, dizia que este ano permitirá a cada sacerdote reencontrar-se e reencantar-se com a beleza de sua própria vocação e ministério.

O Papa Bento no Ângelus do dia 14 de Junho, nas vésperas da abertura do ano sacerdotal, confessou ser ele “uma nova iniciativa espiritual”. O desejo do Papa é que este ano sirva para que a Igreja redescubra a importância do sacerdote e que ao mesmo tempo, constitua uma ocasião propícia para aprofundar o valor e a importância da missão sacerdotal.

Concluiu o Papa pedindo que o Senhor dê a Sua Igreja o dom de numerosos e santos sacerdotes.

Será um ano de graça para toda Igreja!

Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, protegei todos os nossos sacerdotes!
São João Maria Vianney, rogai por nós e pelos sacerdotes do mundo inteiro!

Pe.Dudu
dudubr2000@hotmail.com