Na Audiência Geral desta quarta-feira (18), na Praça São Pedro, em Roma, Papa Francisco falou sobre o Natal de Jesus, a festa da confiança que supera todo o pessimismo. Segundo o Pontífice, quando Jesus escolhe a terra como sua morada, ela deixa de ser o “vale de lágrimas” e passa a ser o lugar do encontro de Deus com o Homem.
Ele ainda ressaltou que a presença de Deus junto à humanidade não aconteceu de modo sereno, ideal, mas sim no mundo real, marcado por divisões, maldade, pobreza, guerras. “Assim fazendo, demonstrou de modo insuperável a sua inclinação misericordiosa e repleta de amor para com as criaturas humanas”, afirmou o Papa indagando aos presentes: “Ele é o Deus-conosco; Jesus é Deus-conosco. Vocês acreditam nisso? Façamos juntos esta profissão: Jesus é Deus-conosco!”.
O Santo Padre ainda disse que o Natal traz um grande presente: uma força que aquece e transforma o coração. Completou ainda: “O nascimento de Jesus, de fato, nos traz a bela notícia de que somos imensamente e singularmente amados por Deus e este amor não somente nos faz conhecê-lo, mas o doa e comunica-o!”.
O Papa também destacou dois pontos importantes consecutivos à alegre contemplação do mistério do Filho de Deus: a humildade e a presença de Deus no próximo.
“Se no Natal Deus se revela não como um que está no alto e que domina o universo, mas como Aquele que se rebaixa, (…) significa que, para sermos similares a Ele, não devemos nos colocar sobre os outros, mas antes rebaixar-nos, colocarmo-nos a serviço. (…) Um cristão que se exibe sempre é ruim: este não é cristão, ele é pagão”.
E continuou: “se Deus, por meio de Jesus, envolveu-se com o homem a ponto de tornar-se como um de nós, quer dizer que qualquer coisa que fizermos a um irmão ou a uma irmã teremos feito para Ele. Recordou-nos disso o próprio Jesus: quem tiver dado de comer, acolhido, visitado, amado um dos mais pequeninos e dos mais pobres entre os homens, terá feito isso ao Filho de Deus”.
Por fim, Papa Francisco clamou a intercessão de Maria: “Confiemo-nos à materna intercessão de Maria, Mãe de Jesus e nossa, para que nos ajude neste Santo Natal, a reconhecer na face do nosso próximo, especialmente das pessoas mais frágeis e marginalizadas, a imagem do Filho de Deus feito homem”.
Fonte: Boletim Santa Sé