“Depois do mistério da Encarnação e da maternidade divina de Maria, não é exatamente o sacerdote católico a obra prima do Espírito Santo? E quem é o Mestre dos sacerdotes senão aquele que admiravelmente ensinou os Apóstolos? Um sacerdote cheio do Espírito Santo é um verdadeiro Apóstolo na Igreja; e agora, quanto temos necessidade de verdadeiros apóstolos!”
No dia 4 de agosto, a Igreja celebra a memória litúrgica de São João Maria Vianney, padroeiro dos párocos. O primeiro domingo desse mês, tradicionalmente dedicado à meditação sobre as diversas vocações no corpo da Igreja, é o “Dia do Padre”. Portanto, é hora de rezar pelos sacerdotes e pelas vocações sacerdotais! Contudo, creio que todos já compreendemos que essas intenções devem fazer parte de nossas orações diárias, ao longo de todo o ano. No corpo de Cristo, padres fortes e saudáveis espiritualmente geram e fazem amadurecer um povo igualmente sadio, robustecido no Espírito do Senhor.
Grandes servas de Deus, como a beata Elena Guerra, a beata Conchita Armida e a venerável Marta Robin, profetizaram que o tão esperado Novo Pentecostes começaria a se estender sobre a terra como um “Pentecostes sacerdotal”. O papa Bento XVI afirmou algo parecido, ao iniciar em 2009 o Ano Sacerdotal: o desígnio do Pai, operado pelo Espírito Santo, “consiste em fazer de Cristo o coração do mundo! Desígnio que se realiza na história, na medida em que Cristo se torna o Coração dos corações humanos, começando a partir daqueles que são chamados a estar mais próximos dele, precisamente os sacerdotes”.
A Renovação Carismática tem uma grande responsabilidade no cumprimento desse “Pentecostes sacerdotal”! Creio que ela pode ser resumida em três tarefas:
- Ser celeiro de vocações. Os jovens carismáticos devem amadurecer sua vocação num ambiente de generosidade e disponibilidade para com o Senhor. Quando isso acontece (e, graças a Deus, tem sido assim!), o discernimento acerca da possibilidade da vocação sacerdotal passa a ser algo natural. Grupos de oração e comunidades onde se cultiva a escuta e a entrega aos propósitos de Deus geram jovens dispostos a seguir o Cordeiro onde Ele os levar.
- Ser um ambiente de apoio e encorajamento para os padres. Os sacerdotes devem poder encontrar em nossos grupos de oração um povo disposto a compartilhar seus sonhos evangelizadores. Como Jesus encontrava na casa de Lázaro, Marta e Maria um lugar de acolhimento e revigoramento, os padres devem poder encontrar em nossos grupos uma “Betânia” de compreensão, paciência e alegria.
- Ser retaguarda de intercessão. Como aconteceu com o próprio Cristo, nossos sacerdotes estão continuamente expostos a todo tipo de julgamento, crítica e contradição. Nosso povo carismático deve ser ensinado a interceder pelos seus sacerdotes, como primeira atitude diante de qualquer mal-entendido ou mesmo infidelidade. Pode mais quem reza mais.
Abracemos esses compromissos, para que se renovem as maravilhas de Deus num novo Pentecostes!