“Por isso, o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gn 2, 24). Este trecho da Sagrada Escritura, retirado do primeiro livro da Bíblia, nos apresenta a constituição da família cristã instituída por Deus: homem, mulher e, fruto do amor entre ambos, os filhos. Por ocasião do dia dos pais, vamos aprofundar sobre a importância dessa figura paterna.

A presença masculina é um sustento, aquela que luta pelo material, que se preocupa com o físico, mas que não se resume apenas nisso. Como é importante a presença do pai passando segurança, rezando com os filhos, ensinando-os, educando-os na Fé, estabelecendo os limites necessários. Se assim não o fosse, Deus não teria convencido José, em sonho, a permanecer com Maria, mesmo sabendo que ela daria à luz a um Filho que não era dele; fiel a Deus, José permanece com Maria (cf Mt 1, 20).

Nos tempos atuais, devido a uma grande necessidade de busca pelo sustento, muitos pais ficam distantes dos filhos, estes são educados por tantas outras pessoas ou situações, que acabam, às vezes, trilhando caminhos diferentes dos desejados pelos pais. O trabalho do homem não deve, portanto, interferir negativamente na família. O livro de Provérbios vem orientar acerca da importância dessa presença ainda na infância: “Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar” (Pr 22,6).

Na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, número 25, São João Paulo II afirma: “o amor aos filhos são para o homem o caminho natural para a compreensão e realização da paternidade. (…) É necessário ser-se solícito para que se recupere socialmente a convicção de que o lugar e a tarefa do pai na e pela família são de importância única e insubstituível”. O homem só será realizado, enquanto pai, quando amar seus filhos. E quando se fala em amar, não se trata de um amor irreal, mas um amor concreto, presente, suporte, um amor doação.

O pai na família cristã precisa refletir para com os seus filhos o Amor de Deus Pai. Quantas pessoas não conseguem se sentir amadas por Deus Pai por não terem sido amadas pelo pai da terra; quantos entendem o Pai do Céu como distante por não ter tido a oportunidade de perceber o pai terrestre presente! O papel do pai na família é de suma importância, é insubstituível, não pode e nem deve ser transferido.

Nos tempos atuais, em que o pai é visto para tantas outras atividades, menos para estas relatadas neste artigo, como retomar o caminho e como pai cumprir bem o seu papel na família Cristã? Faz-se necessário contar com o mover e a ação do Espírito Santo, Aquele que é Autor da Unidade, Formador por excelência.

Que o Espírito Santo venha ajudar os pais a serem pontos de unidade em suas famílias ajude-os a educar seus filhos, não com a educação que a sociedade hoje apresenta, mas a educação segundo a vontade de Deus, à Luz da Palavra. Assim, ter-se-á, amanhã, mais homens e mulheres que professam a Fé em Jesus Cristo contribuindo com uma sociedade melhor.

Frederico Mastroangelo Simões Marques

Coordenador Estadual do Ministério de Formação RCC BA

GO Imaculado Coração de Maria, Arquidiocese de Feira de Santana